Durante muito tempo, e, talvez, até hoje, a torcida do Flamengo, a maior do Brasil e uma das maiores do mundo, deu vida à música inesquecível de Moraes Moreira, que diz: “Agora, o que vou fazer nas tardes de domingo, sem Zico, no Maracanã?” A pergunta cabe e é feita até hoje. Passados já 30 anos que encerrou a carreira de jogador profissional e 36 que fez seu último jogo pelo Flamengo, Zico ainda está presente na memória afetiva do torcedor flamenguista, em especial, mas, também de todos aqueles que acompanharam sua carreira e aprenderam a admirar seu belo futebol e inúmeros gols.
Um dos maiores craques do futebol brasileiro e mundial completa nesta segunda-feira (3), 72 anos. Arthur Antunes Nunes Coimbra ou simplesmente Zico, impressiona também quando se trata de números.
Maior artilheiro da história do Flamengo com 509 gols, nos períodos de 1971 a 1983 e 1985 a 1989. Atuou ainda com destaque pela Udinese, da Itália, pela qual fez 53 jogos e 30 gols, entre 1983 a 1985. Até hoje, Zico é lembrado com carinho pelos torcedores da equipe italiana.
Zico jogou ainda pelo Kashima Antlers, no qual teve papel importante para o desenvolvimento do futebol no Japão. No Kashima, Zico jogou entre 1991 a 1994 e fez 56 gols em 75 jogos.
Na seleção brasileira, Zico estreou em 1971, na seleção de novos. Como profissional, defendeu o Brasil no período de 1976 a 1989 marcando 66 gols em 88 jogos.
Disputou as Copas de 1978, 1982 e 1986. Ao lado de Maradona e Platini é considerado por todo mundo especializado do futebol um dos melhores camisa 10 de sua geração.
Zico ostenta ainda, o título de maior artilheiro do Maracanã, feito difícil de ser igualado. Foram 334 gols marcados em 435 jogos. Somadas todas as edições do Campeonato Brasileiro que disputou, Zico fez 137 gols.
Exímio cobrador de faltas, Zico marcou dessa forma 84 gols ao longo da carreira. Em 1981, foi eleito o Melhor Futebolista do Mundo pela revista Guerrin Esportivo e, em 1983, foi eleito o Melhor Futebolista do Mundo do Ano pela World Soccer.
Conquistou por três vezes o Prêmio de Melhor Jogador da América do Sul (1977, 1981, e 1982), sendo o recordista de conquistas. É um dos brasileiros a figurar no Hall da Fama da FIFA, ao lado de Pelé, Garrincha, Didi, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Roberto Carlos.
Zico, o Galinho de Quintino, como é carinhosamente chamado por seus fãs, espalhados pelo mundo todo, atuou ainda como técnico e dirigente. Como técnico, dirigiu a seleção do Japão na Copa do Mundo de 2006 e foi campeão da Copa da Ásia em 2004.
Entre suas maiores conquistas como jogador estão os títulos do Campeonato Brasileiro nos anos de 1980, 1982, 1983 e 1987. Da Libertadores da América e do Mundial de Clubes, em 1981. E do Campeonato Carioca nos anos de 1972, 1974, 1978, 1979 (2x), 1981 e 1986.
Por Geraldo Costa Jr. / Foto: Reprodução