Tem início nesta quarta- -feira (1°) uma série idealizada pelo Diário do Rio Claro com o objetivo de destacar a arte produzida e idealizada. em Rio Claro, com vistas a valorizar o trabalho desses árduos batalhadores da cultura, sobretudo em meio à quarentena. Nesta primeira edição, o destaque é o músico e produtor cultural Welton Nadai. Welton Leandro de Nadai, 37 anos, é músico e produtor cultural, nascido em Rio Claro.
Começou a se envolver com música a partir dos amigos da escola SENAI, depois se apegou aos estudos, fez conservatório em Tatuí, graduação em música na Unicor e pós-graduação em arte e educação nas Claretianas. Porém, durante todo esse tempo foi, e ainda é, aluno do maestro Pedro Cameron, que é uma referência de música do Brasil.
Atualmente, além de realizar as turnês com o Violões Artes Trio, formado junto com Pedro Cameron e Priscila Giusti, desenvolve trabalhos com o Instituto Lumiarte, promovendo diversas iniciativas e projetos voltado para arte e cultura. Vale lembrar, ainda, que neste ano estará lançando seu primeiro álbum solo com uma seleção de músicas de Tom Jobim.
“ A entrada nessa profissão aconteceu de forma natural, conforme fui organizando eventos, buscando parceiros, conseguindo recursos, conhecendo pessoas, a minha carreira começou a trilhar o seu caminho e estou aqui até hoje”, revela o músico em entrevista ao DRC.
Segundo ele, “a porta que se abriu para que eu entrasse no setor foi estar envolvido com os trabalhos do Pedro Cameron, quando comecei a dar aulas na escola dele, Solar das Artes, também comecei a pensar como músico e agir como músico, o que, consequentemente, me tornou o que sou”.
Sua rotina diária, atualmente, é dentro de casa; o que pode parecer sacrifício para muitos neste momento de quarentena, para Welton é o dia a dia. “Tenho um estúdio onde na parte da manhã estudo música e na parte da tarde e noite trabalho com produção, meu trabalho é totalmente home office, sendo que apenas saio para os eventos, atividades de publicidade ou visitar algum patrocinador e parceiro. Tem uma equipe de pessoas que trabalham comigo, todas à distância, isso desde 2015”, revela.
Em relação ao seu trabalho como músico, conta que o que o motiva é poder transitar na história e nos lugares através da linguagem musical, buscando entender cada detalhe para levar para as pessoas nos concertos uma conexão com grandes obras de compositores.
Já no trabalho de produção cultural, o que o anima são os projetos com iniciativas, que têm valor social inegável e que, atualmente, são imprescindíveis, como o violão na escola que leva a música erudita para alunos da rede pública, e o Música In Natura, que é um evento onde a pessoa cria conexão com a natureza ouvindo boa música.
“Minha pretensão é levar para o maior número de pessoas o meu trabalho, podendo ser através da internet em meu canal de vídeos que estarei atuando mais fortemente no segundo semestre, ou até mesmo fazendo apresentações em outros países, como já fui convidado, mas ainda não rolou”, comenta.
Em sua trajetória, Welton já foi contemplado com vários prêmios em projetos seus e de parceiros, mas um que vale ressaltar é o espetáculo “Quando o corpo toca”, um trabalho no qual ele tocava violão solo e uma bailarina dançava. O projeto foi selecionado entre os seis primeiros colocados no total de 250 inscritos, e como prêmio foi feita uma turnê em várias cidades do interior paulista.
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