Os dados fornecidos pelo Ceapla (Centro de Análise e Planejamento Ambiental), órgão da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em colaboração com a Prefeitura de Rio Claro, indicam uma redução drástica no volume de chuvas registrado até 24 de setembro de 2024. Com um acumulado de apenas 625,2 mm de precipitação, o índice é menos da metade dos 1.191,5 mm contabilizados no mesmo período de 2023. A equipe de jornalismo do Diário solicitou essas informações para entender a magnitude da estiagem enfrentada na região.
O mês de setembro de 2024, em particular, foi extremamente seco. Até o dia 24, apenas 1,6 mm de chuva foram registrados, provenientes de uma única precipitação no dia 17. Em comparação, o mesmo mês em 2023 acumulou 32,3 mm, destacando a severidade do período de seca. Os números trazem à tona preocupações sérias com o abastecimento de água, a agricultura e os riscos de incêndios florestais.
O cenário de seca prolongada, com chuvas irregulares, coloca em alerta setores essenciais da cidade. Além disso, o risco de incêndios florestais cresce consideravelmente com a vegetação seca, potencialmente prejudicando áreas de preservação.
Com o tempo seco e o calor persistente, as temperaturas médias tendem a subir. Essa elevação agrava a sensação térmica e impacta negativamente a qualidade de vida da população, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos. As autoridades locais têm recomendado que a população redobre os cuidados com a hidratação e evite exposição prolongada ao sol.
A previsão para os próximos dias indica que o clima seco deve continuar, com poucas chances de chuvas significativas. Meteorologistas apontam que apenas pancadas isoladas são esperadas até o final do mês, insuficientes para reverter o déficit hídrico acumulado até agora. Além disso, o índice de umidade relativa do ar segue baixo, aumentando o risco de problemas respiratórios e exigindo atenção redobrada para a saúde da população.
O tempo seco também traz impactos no consumo de água. Com os reservatórios abaixo do nível ideal, as autoridades recomendam o uso consciente da água, para evitar possíveis racionamentos nos próximos meses. Mesmo com a previsão de pancadas de chuva esparsas, a situação ainda demanda monitoramento contínuo por parte dos órgãos de controle hídrico e ambiental.
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