Todo início de ano, o fato se repete. As papelarias e lojas que vendem itens de material escolar recebem grande movimento. Munidos de listas e desejos, os consumidores percorrem os estabelecimentos buscando adquirir os produtos, contentar os filhos e, ainda, economizar nas compras.
Esse é o melhor de período de venda para as papelarias. Por isso, a data é aguardada com ansiedade pelos lojistas do ramo, que buscam abastecer as lojas com novidades, variedade, sem esquecer o bom preço, que incluem as ofertas e descontos.
“O período de volta às aulas sempre foi o momento mais esperado pelas papelarias. Estamos há 51 anos no ramo, e nossa experiência diz que o cliente quer qualidade, variedade e preços baixos. Isso já foi comprovado pelos consumidores que compram todos os anos com a gente”, comenta Jorge Spiller, proprietário da Papelaria Blue City.
O movimento na loja já aumentou e o comerciante espera um crescimento de 3% a 6% nas vendas de material escolar neste ano. E não é para menos já que o volume de vendas do segmento movimenta milhões de reais todo ano.
Uma pesquisa inédita realizada pelo Instituto Locomotiva e QuestionPro aponta que as famílias brasileiras gastaram R$ 49,3 bilhões com materiais escolares em 2024 ante R$ 34,3 bilhões em 2021. Essa diferença representa um aumento de 43,7% em quatro anos.
E a tendência é aumentar ainda mais esses números, visto que o material escolar é essencial para a educação dos filhos e as famílias não podem deixar de comprar pelo menos os itens de maior necessidade. Além disso, os preços estão entre 5% e 9% mais caros, conforme dados da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae). De acordo com a entidade, os preços dos materiais escolares apresentam um aumento médio de 7% em comparação ao ano passado.
No entanto, consumidores e lojistas sempre buscam alternativas para fazer um bom negócio. Para os clientes, um aliado nas compras é a boa e velha pesquisa de preços. Para o comércio, ofertas e descontos, além de variedade e facilidades no pagamento, são chamarizes para atrair clientes e alavancar as vendas.
“Nossos clientes cadastrados ganham desconto especial em produtos que não estão em promoção, e isso ajuda muito a abaixar o valor das listas de material escolar, que pode ser dividido em até seis vezes no cartão de crédito”, informa Spiller, cuja loja oferece atendimento físico e virtual (www.bluecity.com.br).
Lembrando que as escolas não podem incluir certos produtos nas listas de material escolar. “É essencial saber que na lista de material as escolas não podem exigir a aquisição de qualquer material escolar de uso coletivo (materiais de escritório, de higiene ou limpeza, por exemplo)”, orienta o Procon-SP. A norma está contida na Lei nº 12.886 de 26/11/2013.
Por Ednéia Silva / Foto: Diário do Rio Claro