Como sempre acontece no início do ano, a movimentação aumenta nas lojas que vendem itens de material escolar. A procura por livros didáticos, cadernos e outros produtos, como lápis, canetas, apontadores, réguas e borrachas, faz os pais e responsáveis procurarem os melhores preços e qualidade dos produtos.
Para auxiliar na hora da compra e garantir que os itens adquiridos atendam aos padrões de segurança e qualidade, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) dá dicas essenciais para que os responsáveis evitem problemas.
O presidente do Inmetro, Márcio André Brito, orienta que o fundamental é que o consumidor esteja atento para algumas dicas importantes, como observar a presença do selo de certificação do instituto e as informações descritas nas embalagens dos produtos. A nota fiscal é essencial para comprovar a procedência do material e facilitar eventuais reclamações.
“Orientamos pais e consumidores a verificarem, ao comprar materiais escolares, se os produtos possuem o selo [do Inmetro], se são adequados à faixa etária da criança e se estão sendo adquiridos em estabelecimentos formais, que garantem a procedência desses itens. Essas medidas ajudam a prevenir possíveis riscos à saúde e à segurança das crianças, bem como de todos os usuários”, explicou.
A Fundação Procon-SP também tem dicas para auxiliar os pais na hora da compra do material escolar. Uma delas é analisar os itens de anos anteriores para verificar se existem produtos em bom estado que possam ser reaproveitados. “Pode parecer pouco, mas cada item economizado fará diferença na conta total”, destaca o órgão.
O Procon-SP também sugere que os pais façam trocas de livros didáticos entre os estudantes da mesma escola. Além de economia, a iniciativa promove uma ação sustentável que serve de bom exemplo para crianças e adolescentes.
Outra forma de economia destacada pelo órgão é a compra coletiva. Compras feitas por grupos podem obter bons descontos e preços mais baratos devido ao volume adquirido. Por fim, o Procon-SP ressalta a importância de ficar atento aos preços “que devem ser informados de forma clara e precisa pelo estabelecimento”, além de “avaliar se eventuais promoções, como ‘pague dois e leve três’, são realmente vantajosas”. A dica é avaliar tamanhos, composição, peso e quantidades que podem esclarecer se a oferta é boa ou não para o consumidor.
Além disso, o Procon-SP alerta que a lista de material escolar não pode exigir itens de uso coletivo como materiais de escritório, produtos de higiene e/ou limpeza etc. A norma está contida na Lei Federal nº 12.886 de 26/11/2013.
Preços
De acordo com a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae), o material escolar deve ficar entre 5% e 9% mais caro em 2025. O presidente-executivo da associação, Sidnei Bergamaschi, disse que a elevação nos preços é atribuída a uma combinação de fatores econômicos e logísticos, como a alta tributação, custos de produção e a valorização do dólar.
“Os impostos são um componente importante no peço final do material escolar. Diversos produtos têm até 40% de impostos. Os itens que formam a cesta, quase metade do preço do produto final é imposto”, informou.
Por Redação DRC / Foto: Agência Brasil