Bom dia, leitor! Enquanto, ansiosos, aguardamos a chegada da primavera, vivemos os últimos dias do inverno, com ares de verão.
Setembro é o mês dedicado à prevenção do suicídio. Um assunto por demais importante, que merece a atenção de todos.
Segundo consta, no mundo, a cada 40 segundos, há um suicídio, e, no Brasil, a cada 45 minutos, um suicídio é registrado. Não bastasse a dimensão da tragédia, ela ganha contornos ainda mais estarrecedores quando se sabe que, a cada 3 segundos, uma tentativa de suicídio ocorre em alguma parte do mundo.
Mas não para por aí. Entre as principais causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos, e ainda, em crianças e adolescentes, está o suicídio. Os números são alarmantes e nos convidam à reflexão para o assunto ainda tabu em nossa sociedade.
Quais as causas para o suicídio? Uma delas, é a dificuldade de aceitar e lidar com as derrotas, comuns a todos nós, considerando o mundo em que vivemos onde a competição entre uns e outros é marca registrada. A outra, é a saciedade, quando não se encontra mais estímulo para lutar por um objetivo, porque se acredita já ter vivido e conquistado tudo o que era possível e desejável. Uma terceira causa, é não saber lidar com uma situação aparentemente irreversível, a doença, por exemplo, quando apresenta essa característica.
Mas em todas essas causas, o que se observa é a renúncia a um direito sagrado de todo ser humano: o de lutar; lutar por um ideal, um sonho que o motive a viver intensamente cada dia de sua existência.
Há pessoas que também se consideram menores do que o desafio que a vida lhes apresenta. O que não é verdade. Porque nós humanos, sobrevivemos ao longo do tempo, justamente devido nossa capacidade de nos adaptar às circunstâncias mais adversas.
Portanto, evitemos a solidão, porque ela alimenta o pessimismo. Busquemos o contato com a natureza. O prazer que nos proporciona a boa música, a leitura edificante. Recorramos ao diálogo amigo, fraterno que encontramos nas pessoas preparadas e dispostas a ouvir e ajudar o semelhante.
A vida não merece ser desprezada, porque ela tem a capacidade de nos surpreender a cada instante, o que significa que, para muitos problemas que se parecem insuperáveis, a solução pode vir a qualquer momento e por meios inesperados.
Não busquemos nos outros, e nas coisas efêmeras, transitórias e superficiais a nossa felicidade. Quando o fazemos, abdicamos do nosso direito de sermos felizes. A felicidade almejada está em nós mesmos. É como uma flor que precisa desabrochar, e quando o fazemos, revelamos a nós e ao mundo, o seu perfume indescritível.
O tamanho da dificuldade varia conforme o modo como a encaramos. E quando a encaramos com otimismo, fé e esperança, despertamos em nós, potencialidades que sequer imaginamos possam existir.
Somos seres perfectíveis, filhos da Perfeição. Fortes o bastante para lidarmos com todas as situações que a vida nos apresenta, porque em todas essas situações, está uma oportunidade para o nosso aprendizado, moral e intelectual, que nos conduzirá a um patamar mais elevado da vida, não apenas humana, que é transitória, mas, sobretudo, espiritual, que é para todo sempre.