Com a proximidade das festas de final de ano, o tutor de cão ou gato precisa se preocupar não somente com a alimentação, como também cuidar do ambiente, para que a época, considerada uma das mais alegres do ano, não se transforme em momentos de estresse, tanto para ele quanto para o animal que, cada vez mais inserido nas famílias, acaba participando das comemorações.
Do cardápio que é servido na ceia, não se deve oferecer nada para o animal. Além de não ser própria para eles, estes alimentos estão carregados muitas vezes de gordura e outras substâncias que pode causar distúrbios digestivos graves. Bebidas alcoólicas são extremamente nocivas para os animais e o consumo pode ser fatal”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News.
Em relação ao barulho dos fogos de artifícios, para os pets, o ideal seria não acontecer. Algumas cidades já possuem leis proibindo o uso de fogos de artifício com barulho. É o caso de Rio Claro onde vigora a Lei Municipal nº 5.571/2021 que proíbe a comercialização, manuseio, armazenamento, transporte, porte, posse, queima e soltura de fogos de artifícios com estouros e estampidos e de qualquer artefato pirotécnico de efeito sonoro ruidoso.
Assim como Rio Claro, muitos municípios brasileiros, provando que o grau de civilidade de um povo está diretamente relacionado com a forma que tratam seus animais, permitem somente a utilização dos fogos luminosos e silenciosos, ou seja, sem estampidos em respeito aos animais, crianças e idosos.
“Por possuírem ouvidos sensíveis e potentes, o barulho dos fogos de artifícios deixa os animais estressados e atordoados. O ser humano ouve no intervalo entre 16 e 20.000 hertz, já o cão, ouve de 10 a 40.000 hertz. A capacidade auditiva de um cão é quase quatro vezes maior”, relata Vininha F. Carvalho.
Dicas para amenizar o sofrimento dos animais que não conseguirão escapar dos rojões:
- Não se deve deixar os cães acorrentados, pois ao ouvirem os fogos de artifícios eles entram em pânico e podem acabar se sufocando. Mantenha o local seguro, livre de objetos que possam machucá-lo.
- Nas residências que possuem piscinas é necessário cobri-la para evitar que animais assustados caiam e se afoguem nela. Mesmo sabendo nadar, se o nível da água estiver baixo, eles não conseguirão sair sozinhos.
- Portas e janelas precisam ficar trancadas para evitar fuga e atropelamento.
- É importante manter os cães com comportamento mais agressivos separados, pois com o barulho ruidoso, eles podem se assustar e brigar entre si.
- A ração deve ser oferecida num período bem distante do momento da queima dos fogos de artifícios. Com muito alimento no estômago, o animal pode ter problemas de digestão e até uma torção gástrica, caso entre em pânico.
- Se o animal é do tipo que fica muito descontrolado, até com taquicardia, deve-se pedir ao veterinário de confiança a indicação de ansiolíticos.
“No momento dos fogos de artifícios, para os animais que ficam dentro de casa é aconselhável manter o local bem adequado, com um som alto vindo da televisão ou de música ambiente. O tutor deve agir naturalmente e com tranquilidade. Caso o animal queira se esconder, deve-se permitir, sem forçá-lo a ficar no colo. Colocar algodão nos ouvidos para abafar o som é uma alternativa, lembrando que é preciso retirá-los depois”, conclui Vininha F. Carvalho.
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