Na Semana Santa aumenta a procura por peixes e outros pescados, tradicionalmente mais consumidos nesta época do ano. Por conta disso, a Vigilância Sanitária de Rio Claro, além de intensificar as fiscalizações aos estabelecimentos, orienta os consumidores sobre os cuidados que devem ser adotados. “São detalhes que precisam ser observados e que fazem toda diferença na hora de escolher e comprar o pescado para consumo”, comenta Agnaldo Pedro da Silva, chefe da Vigilância Sanitária de Rio Claro.
No caso de pescado fresco deve-se observar a superfície do corpo, que deve ter um brilho metálico com escamas aderentes à pele e nadadeiras resistentes. Os olhos transparentes, brilhantes e salientes, as guelras rosadas ou avermelhadas, úmidas e brilhantes, com odor suave. A pressão dos dedos é suficiente para checar a musculatura do peixe, que deve ser consistente e elástica, sem deixar marcas.
O bacalhau salgado, ainda mais tradicional nesta época, pede atenção diferente. O estabelecimento onde é vendido deve ser cuidadoso com a exposição, em local seco e arejado, mantido limpo e organizado. A carne não deve apresentar manchas vermelhas e nem pontos negros. O aspecto úmido e pegajoso do animal indica que ele foi armazenado de maneira incorreta, com umidade e calor excessivo.
Quem for adquirir pescado congelado precisa observar se a embalagem está íntegra e sem violação. A rotulagem deve atender às normas sanitárias contendo a data de validade, composição nutricional, especificação do produto e, principalmente, o número do SIF (Serviço de Inspeção Federal), SISP (Serviço de Inspeção do estado de São Paulo) ou SIM (Serviço de Inspeção Municipal) e lote do produto. É necessário observar também se o produto está congelado e mantido na temperatura de -18 °C, pois não deve apresentar descongelamento, ou seja, não pode conter partes amolecidas.
Outro alerta é referente aos vendedores ambulantes. A Vigilância Sanitária orienta que não devem ser adquiridos pescados que estiverem sendo vendidos em carros, acondicionados em caixas de isopor ou caixas térmicas de plástico. “A prática é inadequada para esse tipo de alimento, que é extremamente perecível e vulnerável à contaminação”, explica Agnaldo. Além de necessitar de rigoroso controle de temperatura dos pescados, esse tipo de atividade requer que o comerciante tenha licença de funcionamento da Vigilância Sanitária, pois somente a avaliação desse órgão pode garantir que os produtos oferecidos sejam de procedência conhecida e seguros para o consumo humano.
Para maior segurança do consumidor, a Vigilância Sanitária de Rio Claro irá intensificar a fiscalização, inclusive de estabelecimentos comerciais como peixarias e supermercados. A equipe verifica as condições de funcionamento dos estabelecimentos e dos alimentos vendidos.
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