O asfalto do Jardim Nova Rio Claro, ou melhor, a falta dele, foi alvo de críticas e cobranças de vereadores na sessão ordinária desta segunda-feira (6). Os parlamentares voltaram a cobrar a pavimentação do bairro que vem sendo prometida desde o início da atual gestão municipal.
A Câmara Municipal, inclusive, devolveu R$ 13,8 milhões à prefeitura com indicação para utilizar os recursos na pavimentação do Jardim Nova Rio Claro. Isso sem contar os R$ 75 milhões oriundos de empréstimo aprovado pela Câmara para obras de asfalto e recapeamento. Em agosto desde ano novo empréstimo de R$ 50 milhões foi autorizado pelo Legislativo.
No entanto, até o momento, as obras prometidas não começaram. Em março deste ano foi anunciado que as obras de pavimentação do Nova Rio Claro começariam em junho, mas isso não aconteceu. Os meses passaram e os moradores do bairro ainda aguardam o asfalto.
“Cadê as máquinas e o asfalto no Jardim Nova Rio Claro?”, questionou o vereador Hernani Leonhardt, lembrando que o fim do ano está próximo e ainda não foram feitas nem as guias e sarjetas no bairro. “Devolvemos R$ 13,8 milhões, aprovamos empréstimos e não vejo as máquinas no bairro”, criticou.
Além do Nova Rio Claro, Irander Augusto também indagou sobre o asfalto do Jardim Maria Cristina que foi prometido e ainda não foi executado. “Tem que cumprir as promessas e a palavra dada”, frisou. “Devolvemos milhões e o projeto não sai do papel, os moradores do bairro merecem explicação”, destacou Adriano La Torre. Luciano Bonsucesso lembrou que 2024 é ano eleitoral e existe prazo para que sejam feitas obras públicas.
O vereador Julinho Lopes informou que a licitação para o asfalto do Jardim Nova Rio Claro já foi realizada e que a Secretaria de Obras está analisando a documentação da empresa vencedora. De acordo com ele, o nome da ganhadora deverá ser divulgado até o fim desta semana e o contrato assinado no final do mês ou início de dezembro. Rafael Andreeta observou que os moradores do bairro não querem mais saber de burocracia, querem a obra prometida realizada.
Projetos aprovados
Os vereadores aprovaram dois projetos em segunda discussão. Um deles autoriza a desafetação da destinação original de terreno, bem como a permuta com o proprietário do imóvel lindeiro para fins habitacionais. Outro projeto aprovado concede aval ao município para transferir imóveis de sua titularidade, por meio de doação ou concessão de direito real de uso, para fins de implementação de empreendimentos habitacionais de interesse social pelos programas Minha Casa Minha Vida, Casa Paulista.
Também de autoria do Executivo Municipal, a Câmara aprovou em primeira discussão projeto de lei que institui o Serviço SOS Racismo com o objetivo de combater qualquer tipo de discriminação na cidade de Rio Claro. O vereador Geraldo Voluntário, que articulou e trabalhou pela criação do serviço, defendeu o projeto na Tribuna Livre.
A proposta também recebeu manifestação favorável de vários vereadores, inclusive Serginho Carnevale lembrou que Rio Claro foi uma das cidades pioneiras a abolir a escravidão. Rafael Andreeta lembrou os casos de racismo ocorridos no futebol e a importância das cotas raciais.
De Moisés Marques e vereadores foi aprovada proposta que torna obrigatória a gravação das reuniões dos conselhos municipais de Rio Claro para garantir maior publicidade e transparência das atividades. Outro projeto aprovado cria o Programa Escola Livre no município, com o objetivo de dar transparência e publicidade aos direitos e deveres dos alunos. A proposta é de autoria de Alessandro de Almeida e vereadores.
Por Ednéia Silva / Foto: Divulgação