O município de Rio Claro iniciou no sábado (12) rodízio na distribuição de água para os bairros atendidos pela ETA 1, que abastece 40% da cidade. O racionamento de água foi tema de intenso debate entre os vereadores na sessão desta segunda-feira (14). Houve críticas e cobranças por um plano de ação efetivo para períodos de estiagem.
O vereador Alessandro de Almeida (PSD), apoiado por Vagner Baumgartner (PSD), defendeu a privatização do Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto). “Venho defender um projeto para venda da ETA 1, que parou o sistema de captação por falta de chuva, mas e se tivesse rompido a ETA 1 como pode ocorrer a qualquer momento? Não haveria rodízio e ficaria totalmente parado”, frisou.
Para Baumgartner a privatização é uma necessidade e deverá ser discutida na próxima legislatura junto com o Executivo. De acordo com ele, em municípios com sistema de abastecimento privatizado a tarifa da água ficou mais barata e a qualidade do serviço melhorou. O vereador cobrou ainda a elaboração de cartilha de orientação para incentivar a população a utilizar água de reuso.
O vereador Julinho Lopes (PP) cobrou do Daae a elaboração de projeto para obter recursos do programa estadual Rios Vivos para desassoreamento da captação da ETA 1 e também para aterramento das soleiras para retenção de água da chuva. “Dinheiro tem, o que falta é o Daae apresentar um projeto”, afirmou.
Serginho Carnevale (PSD) lembrou que por diversas vezes cobrou do Daae um plano de ação para o período de estiagem, e nada foi feito. “Não adianta ter grupo de trabalho para dizer quando vai desligar a ETA, tem que discutir de onde será feita a captação para que não falte água para a população”, criticou Serginho, lembrando que quando sugeriu a construção de uma barragem diversos ambientalistas se posicionaram veementemente contra o projeto.
“Queria ouvir essas pessoas agora e saber o que elas diriam ao cidadão que está vivendo o racionamento que por enquanto é em 40% da cidade, mas se não chover pode atingir toda a cidade”. O parlamentar também salientou que o Daae e a prefeitura têm que dar o exemplo para poder cobrar dos moradores.
Ele citou relato de munícipe que acionou a autarquia devido a um vazamento de água e recebeu prazo de 24 horas para resolver o problema. Outro caso foi de departamento municipal lavando galpão em período de racionamento. Também sugeriu que quando o Daae fizer manobras de despressurização da rede que armazene a água em caminhão-pipa para reutilização.
Adriano La Torre (PP) solicitou do Daae um estudo para atender os comerciantes que estão sendo prejudicados com o rodízio de água. “Em casa a gente dá um jeito, mas e restaurantes e comércios desse tipo. Tem que estudar uma formaa de as pessoas não serem prejudicadas”.
Rodízio de água
O rodízio e água entrou em vigor a meia-noite de sábado (12), quando a ETA passou a operar da seguinte forma: da meia-noite às 5h – ETA 1 parada, das 5h às 9h (ligada), das 9h às 15h (parada), das 15h às 22h (ligada), e das 22h à meia-noite (parada). Os bairros afetados pelo racionamento podem ser consultados no site do Daae: https://daaerioclaro.sp.gov.br/ e da prefeitura: www.rioclaro.sp.gov.br.
Projetos aprovados
A Câmara Municipal de Rio Claro aprovou nesta segunda-feira (14) dez projetos de lei com proposituras diversas. Todos foram aprovados em primeira discussão e retornarão ao plenário para segunda votação.
Por Ednéia Silva / Foto: Emerson Augusto/Câmara Municipal