Na sessão da Câmara dessa segunda-feira (10), o vereador Rafael Andreeta (PTB) destacou o requerimento que cobra explicações sobre o Instituto de Previdência do Município Rio Claro (IPRC), autarquia responsável pela aposentadoria dos servidores municipais.
O parlamentar questiona qual o valor da dívida entre a prefeitura e o instituto, pediu cópia do extrato de desconto dos funcionários e depósitos do ano de 2018 ao IPRC, e solicitou reunião com a superintendência. “Que o conselho do IPRC não seja conivente. Não pode fazer esse jogo de compadres. Tem que cobrar a prefeitura e não puxar o saco do prefeito.”, criticou.
Jogo de empurra. Foi assim que o parlamentar definiu a situação, que remonta uma dívida de quase R$ 90 milhões que se estende desde a administração anterior. “Não pode ficar esse jogo de empurra, senão daqui a 20 anos, como os funcionários vão ficar?”, questionou ao Centenário.
O petebista reiterou à reportagem que a superintendência seja convocada para explicar também o funcionamento das eleições do Instituto. “Quero explicações, pois, dos três mais votados, o prefeito escolhe um. E na administração anterior foi feita uma alteração na lei que define a reeleição”, disse.
O presidente da Casa, vereador André Godoy (Democratas), enfatizou que esteve na semana passada com o superintendente da autarquia, Lineu Vianna de Oliveira, para discutir alguns assuntos. “Ele me falou que a dívida gira em torno de R$ 88 milhões herdadas da administração passada”, declarou o democrata ao solicitar à mesa diretora a convocação do instituto para esclarecimentos.
Gestão Juninho também está devendo, diz parlamentar
Rafael Andreeta enfatizou que a dívida é do município e precisa ser resolvida para não prejudicar a vida dos servidores no futuro. “Eles têm esse vício de jogar nas administrações passadas, mas o Juninho também está devendo”, argumenta referindo-se às declarações de que as dívidas foram herdadas da administração anterior.
Questionado sobre o valor que a gestão Juninho da Padaria (Democratas) está em débito com o Instituto, o parlamentar frisou: “quanto está devendo, eu não sei, mas está devendo”.
Projeto que altera licença-prêmio tramita na Casa
A vereadora Carol Gomes (PSDB) destacou o projeto de lei complementar número 183/2018, de autoria da prefeitura, que está tramitando na Câmara.
De acordo com a tucana, a matéria quer “tirar um direito adquirido pelos servidores municipais” ao definir que a licença-prêmio será paga integralmente somente depois de 20 anos de serviço. “Eu peço para o secretário de finanças vir explicar os problemas fincanceiros da prefeitura”, pediu a jovem ao se referir à justificativa da prefeitura para o projeto.
O vereador Rafael Andreeta reforçou que o projeto já está nas comissões da Casa e declarou de antemão voto contrário na peça. “Votamos em julho um projeto que beneficia o funcionário a solicitar a licença-prêmio com cinco anos de serviço. Agora, 40 dias depois, sobe um projeto para alterar essa conquista e retornar a 20 anos. O prefeito acha que a gente é aluno da escolinha do professor Raimundo”, critica.