Um funcionário de empresa terceirizada que atua como vigia da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da 29 elaborou Boletim de Ocorrência (BO) por agressão contra o vereador Rogério Guedes (PSB) no fim da noite de sábado (18).
O motivo teria sido um desentendimento entre ele e o vereador, que acompanhava um paciente no atendimento. A informação é do diretor sindical do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Rio Claro (Sindimuni), Cesar Roberto Camargo.
O caso circulou nas redes sociais e resultou na notícia falsa de que o vereador, que também é policial, teria sacado a arma para cobrar o atendimento.
Em entrevista ao Centenário, Rogério enfatizou que não sacou arma em nenhum momento. “Em momento algum houve arma. Por ser polícial, tenho porte de arma, mas nesta ocasião não estava nem armado”, garante.
O conflito, segundo o parlamentar, aconteceu em função do destrato no atendimento do vigia. “Estava socorrendo um colega policial, que não era meu parente, de um acidente. Esperava ser chamado e, enquanto isso, observei que vários usuários do serviço entravam acompanhados. Eu pedi para o vigia para acompanhar o colega e foi neste momento em que fui destratado por ele, que é um funcionário terceirizado.
Um médico autorizou minha entrada e foi então que o vigia ficou bravo”, conta ao lembrar que em nenhum momento utilizou suas credenciais como vereador. “O que não dá para aceitar é ser destratado por funcionário terceirizado. Eu senti na pele o que a população sente”, enfatiza ao lembrar que vai fiscalizar o atendimento de perto.
Rogério conta que pegou a arma do policial que acompanhava somente no momento em que ele entrou para fazer raio-x. “Ele só deu a arma para que eu segurasse na hora de fazer o exame. Não tem como fazer com a arma”, disse.
SINDIMUNI
O diretor sindical do Sindimuni, Cesar Roberto Camargo, acompanha o caso. De acordo com ele, foi constatado que realmente não houve o saque da arma para o funcionário, mas enfatizou que relatos apontam para desrespeito do vereador. “Faltou respeito com o órgão público. Este tipo de atitude é reprovável. O vigia era terceirizado, mas a discussão afetou os funcionários municipais que lá trabalham. Sempre respeitamos policiais”, disse ao argumentar que o vigia é muito bem quisto pela equipe de servidores do local e sempre solícito.
Camargo explicou ainda que as descrições do episódio apontam para o mal estar na equipe da UPA no momento em que o vereador segurou a arma do colega para a realização do exame. “O ato acabou criando uma situação complicada”, frisa. Ele avalia a situação com um sintoma do que acontece ao servidor. “O servidor está se sentindo acuado e desvalorizado no seu local de trabalho”, finaliza.
O presidente do Sindimuni, Tu Reginatto, reforçou que o caso será averiguado e, se for necessário, será encaminhado para o jurídico do sindicato.