O Diário do Rio Claro dá sequência às entrevistas com os secretários municipais do novo governo municipal, apresentando hoje a conversa com Otávio Ferreira Balbão Júnior, secretário de Segurança e Mobilidade Urbana, que recebeu a reportagem nas dependências da secretaria.
O ex-delegado conta que não esperava pelo convite para assumir a pasta em Rio Claro, mas que se sentiu lisonjeado com o convite. “Minha indicação foi absolutamente técnica, conheci o Gustavo quando era delegado seccional de Rio Claro e ele era procurador jurídico do município. Tivemos apenas encontros profissionais, nunca fui partidário. Quando o Gustavo me ligou no dia 31, foi uma grande satisfação, pois eu tinha acabado meu ciclo de vida pública na Polícia Civil. Acredito que meus 30 anos de carreira foram o suficiente e encerro honrosamente, pois acredito que a corporação precisa de novas mentalidades, de oxigenação e de gente nova”, declarou. “Aceitei o convite com muita vontade de retribuir à população de Rio Claro, pois fui muito feliz no período em que vivi aqui. Quero retribuir com muita lealdade, dedicação e respeito ao povo de Rio Claro”, comentou o secretário.
O secretário assume uma secretaria que coordena outros serviços no município, além da Guarda Civil Municipal, como a Vigilância Patrimonial, a Defesa Civil e a Mobilidade Urbana. Hoje, a Vigilância conta com 75 homens, a GCM com cerca de 130, a Defesa Civil com um efetivo de 20 homens, além dos agentes de mobilidade urbana. “É muito complexo, pois envolve muitas pessoas, mas sou um chefe descentralizador, sou pós-graduado em gestão e entendo que um chefe tem q ser descentralizador, delegar funções e cobrar resultados.”
DESAFIOS
O secretário conta que encontrou a secretaria em ordem, porém entende que cada gestor tem uma visão sobre como administrar. “Eu tenho uma outra forma de gerir, por isso comecei a adaptar à minha realidade, ao meu pensamento, à minha forma de gerir; mudei e estou mudando ainda algumas práticas aqui dentro”, ressaltou.
Uma das decisões do secretário é ocupar espaços subutilizados, transformando-os em bases ativas para o funcionamento da pasta. “Temos no Jardim São Paulo uma base que está abandonada e vou ocupar. Vou levar a Vigilância Patrimonial para lá, pois eles não têm uma sede, são 75 pessoas, de um concurso antigo, alguns já prestes a se aposentar e nunca tiveram uma sede, sempre ocupando uma salinha. Temos que pensar na valorização do profissional, no respeito que eles merecem, e ocupar os espaços que estão aí. O espaço está subutilizado e quero dar utilização racional. Ao levar a Vigilância, eu reconheço o funcionário, dou o conforto de uma sede, o status de uma base e levo para a região uma maior sensação de segurança. Consigo reunir várias boas ações”, descreveu.
Outro espaço que deve ser ocupado é a base localizada na entrada principal da cidade, próxima à Rodoviária. “Poucas cidades do estado de SP tem um portal tão bonito como aquele que Rio Claro tem. Achei por bem ocupar o espaço, e chegamos à conclusão que o acesso principal tem que estar monitorado, vigiado e prestar um serviço de informação. Embora não tenhamos tantos visitantes, pois não se trata de uma estância turística, temos muitas pessoas que vem à cidade e procuram informação. Por isso a ocupação vai ser feita junto à secretaria de Turismo juntos aos agentes de trânsito. Além de prestar as informações através do turismo, vamos prestar serviço de fiscalização de trânsito. É um uso racional e inteligente para cidade”, aponta.
Outro serviço que deve ser contemplado com uma base será a Patrulha Maria da Penha. “Estamos estudando uma base para ela. Quero anunciar ainda, mas estamos estudando para levá-la a um local compatível com a importância dela. Nessa base, a mulher vítima poderá ser assistida com mais eficiência, muito mais humanidade. É um projeto que estamos desenvolvimento junto ao Fundo Social e pode ter certeza que será referência para a região”, conclui Otávio Ferreira Balbão.
Por Vivian Guilherme / Foto: Divulgação