Em 2012, os primeiros artesãos começaram a ocupar os quiosques instalados na Rua 1 com as avenidas 4 e 6, no Centro, bem ao lado da Estação Ferroviária.
As estruturas sempre foram questionadas pelos que utilizam e pela população em geral. Três anos após a entrega, a prefeitura trabalha para reformar os espaços. Segundo informações, o projeto está em fase de licitação.
Atualmente, poucas unidades são utilizadas. São mais de 20 quiosques e, nessa segunda-feira, apenas cinco contavam com profissionais. De acordo com relatos, muitos já deixaram de ir e desistiram de trabalhar no local devido às condições.
Para quem precisa e depende do espaço, a reforma é de extrema necessidade. “A iluminação da região dos quiosques é precária. A segurança da mesma forma. Já entraram em vários quiosques aqui”, relata a artesã Adriana Galharmo Mileo, que expões os produtos há um ano e meio nas barracas.
Ela ressalta ainda que o movimento caiu muito, inclusive por causa do visual. “O material das tendas está todo enferrujado. Possui vãos entre as paredes, o que gera insegurança. Além da pichação em vários deles. E nós não podemos mexer e mudar o padrão dos quiosques”, conta a artesã, que precisou, a fim de se precaver, colocar uma proteção provisória para tampar a parte dos fundos do quiosque.
A artesã Cleusa Dalcena está há três anos expondo e vendendo os seus trabalhos em um dos espaços. Para ela, o ponto é fraco e necessita de reparos. “Precisa fechar melhor os fundos, o telhado, reforçar a segurança e consertar as partes podres, além de trocar os trincos. Quando chove, entra água em tudo”, alega.
Mas o valor que deve ser utilizado para a reforma dos quiosques tem sido questionado. “Eu estou indignado. Não é possível que vai precisar utilizar um valor tão alto. Já foi gasto um bom dinheiro quando transferiram os camelôs da praça e nada. Aí fica abandonado”, expõe o aposentado Marco Antonio Artave.
E ele complementa. “Vai ser um dinheiro mal investido. E depois, como fica? Abandonado de novo? Hoje não é ocupado e quase não vai ninguém”, diz.
“Minha preocupação não é com a reforma, e sim com o nosso retorno, com o tempo de entrega. Porque vamos ficar parados durante as obras”, ressalta a artesã Angela Dias.
Quanto ao valor da obra, todos os artesãos consultados também concordam que é um alto valor. Com isso, esperam que o espaço realmente fique adequado e em boas condições de uso e de segurança.
PREFEITURA
A prefeitura confirmou que existem no local 25 quiosques, dos quais seis estão danificados e um funciona como apoio aos empreendimentos (artesãos). Há, portanto, no momento, 18 quiosques disponíveis para os empreendimentos. Segundo a prefeitura, 17 utilizam o espaço.
Sobre os critérios, afirmou que são vinculados ao programa de Economia Solidária, ou seja, os interessados devem estar inscritos no programa municipal de economia solidária e participar de formação e capacitações oferecidas pelo programa. A utilização, para os que são selecionados, é gratuita.
A prefeitura confirmou ainda que a licitação já foi feita e aguarda a liberação dos recursos da Secretaria Nacional de Economia Solidária para dar início às reformas. Entre os reparos que serão feitos, informou que inclui nova base em alvenaria, troca das instalações elétricas, substituição das chapas corroídas por chapas galvanizadas e pintura.
Esse investimento na reforma dos quiosques é de muita importância pois vários artesãos dependem do espaço para vendas dos seus produtos, porém nas condições em que se encontram fica impossibilitada utilização devido as más condições das estruturas metálicas. A reforma vai beneficiar os artesãos, a cidade e os lojistas da rua 1 centro tornando um lugar mais atraente. Investir em cultura e em espaço para os artesãos trabalharem é sempre um dinheiro bem investido, é o que sabemos fazer e dependemos disso para viver e sustentar nossas famílias. Marcos – Artesão – Estação Das Artes.