O estudo feito pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) com 91.260 veículos em rodovias paulistas revelou que o índice do uso de cinto de segurança entre motoristas e passageiros até aumentou, mas 27% dos passageiros em bancos traseiros não fazem uso do equipamento de segurança em rodovias paulistas. O uso é obrigatório no país há 21 anos.
Segundo o Ministério da Infraestrutura, a falta do cinto é apontada como uma das principais causas de ferimentos graves em acidentes e mortes.
No final de 2014, levantamento da Agência apurou que mais da metade dos ocupantes do banco traseiro não utilizava cinto de segurança. Na época, a adesão era de apenas 46% das pessoas. Já em relação ao uso do equipamento entre motoristas e passageiros do banco dianteiro era de 89% e 84%, respectivamente.
Em agosto de 2019, a pesquisa foi refeita e a atualização dos dados apurou que houve significativo aumento do uso do equipamento: 94% dos motoristas, 91% dos passageiros do banco dianteiro e 73% dos ocupantes do banco traseiro estavam usando corretamente o cinto no momento da abordagem dos pesquisadores.
A pesquisa, realizada em agosto deste ano, foi feita com veículos de passeio e caminhões. Esse novo levantamento integra as mais de mil ações promovidas ou apoiadas pelo Governo do Estado na Semana Nacional do Trânsito. “Avaliamos os resultados da primeira pesquisa e vimos a necessidade de intensificar as campanhas educativas, principalmente em relação ao cinto de segurança no banco de trás, onde poucas pessoas viajavam com o equipamento”, comenta Viviane Riveli, Coordenadora de Segurança Viária da ARTESP.
Desde a primeira pesquisa, a Agência destaca estar trabalhando permanentemente o tema do cinto de segurança em suas campanhas e em materiais educativos que são distribuídos nas rodovias paulistas, em escolas, universidades e em municípios parceiros.
Embora o uso do cinto de segurança venha aumentando desde o início das campanhas educativas, algumas regiões do Estado ainda registram baixa adesão ao equipamento. É o caso da região de Franca, onde 48% dos ocupantes do banco traseiro ainda dispensam o uso do cinto em viagens pelas rodovias sob concessão. As regiões com os índices de uso mais altos entre os passageiros do banco traseiros são Barretos, Itapeva e São José dos Campos, com adesões de 87%, 83% e 80%, respectivamente. Nos trechos de rodovias próximos à capital paulista, o índice de uso do cinto no banco de trás é de 71%.