A Unicamp é a melhor Universidade da América Latina, segundo ranking específico para a região divulgado no último dia 20 de julho pela publicação britânica Times Higher Education (THE). A THE é conhecida pela avaliação das instituições de ensino superior em âmbito internacional. Esta é a segunda edição da Times Higher Education Latin America. Na primeira, organizada em 2016, a Unicamp ocupou a segunda colocação, tendo a Universidade de São Paulo (USP) à sua frente.
O resultado do ranking foi recebido com satisfação pelo reitor da Unicamp, Marcelo Knobel. “É sempre um orgulho para a Universidade estar bem posicionada nos rankings internacionais, pois é um reconhecimento do árduo trabalho que aqui realizamos para ter uma escola de excelência em todas as áreas em que atua. Temos agora um esforço extra para, apesar da grave crise que estamos atravessando, conseguir manter essa posição no cenário internacional”, considerou.
A Times Higher Education Latin America avaliou 81 universidades latino-americanas. A análise foi feita com base os mesmos critérios do THE World University Rankings, mas com ajustes para refletir melhor as características das instituições da região. Ao todo, são analisados 13 indicadores de desempenho nos segmentos de ensino, pesquisa, transferência de conhecimento e grau de internacionalização.
Os critérios gerais são os mesmos – ensino, pesquisa, citações, perspectiva internacional e renda vinda da indústria – mas os pesos são diferentes. Por exemplo, no ranking global, o critério de qualidade de ensino tem peso de 30%; no latino-americano, 36%. A pesquisa, em termos de volume e produtividade, também pesa mais no ranking regional (34%) do que no global (30%). Já a influência da pesquisa, medida em termos de citações, tem mais valor no ranking global (30%) do que no latino-americano (20%).
POSIÇÕES
A segunda posição do novo ranking é ocupada pela USP. Também estão entre as dez primeiras colocadas as seguintes universidades brasileiras: Universidade Federal de São Paulo (Unifesp – 7ª posição), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ – 8ª posição) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio – 9ª posição). A Universidade Estadual Paulista (Unesp) aparece em 12º lugar, tendo caído uma posição em comparação a 2016. A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) aparece em 18º lugar. O Brasil segue apresentando a melhor performance entre as instituições de ensino superior da América Latina, ocupando 32 classificações na tabela.
Phil Baty, editor dos rankings Times Higher Education, considerou “fantástico ver duas universidades de qualidade internacional competirem pelo prestígio de ser a principal instituição brasileira no ranking”. E acrescentou: “A Universidade de São Paulo é a maior e mais tradicional das duas instituições, enquanto a Universidade Estadual de Campinas é menor e mais conhecida por ser especializada em pesquisas médicas e científicas. Estas duas universidades tão diferentes representam a diversidade e a excelência no setor do ensino superior do Brasil”.
Sobre o desempenho do Brasil no ranking, Baty comentou: “apesar de o Brasil estar bem representado, apenas 18 universidades brasileiras estão entre as 50 melhores, uma piora em relação ao ano passado, quando 23 estavam presentes. No total, 20 universidades do Brasil baixaram de posição. Muitas destas universidades melhoraram a sua pontuação total desde o ano passado, mas perderam terreno devido ao aumento da concorrência e porque outras instituições melhoraram em um ritmo mais rápido”.