Passeis uns apuros nos últimos dias. Quando falta saúde, nos falta tudo. Graças aos cuidados e a atenção da maninha Eleonora, consegui me recuperar, e agora estou bem. Diabetes é uma doença crônica, incurável, até o momento, e que não aceita desaforo. E olha que me cuido. Não cometo excessos, tomo os remédios direitinho e, mesmo assim, as dificuldades aparecem.
Bem, é a vida tentando me ensinar algo que ainda não sei. Quando encaramos assim as dificuldades, de modo positivo e com esperança, elas se tornam menores e mais leves, e podemos enfrentá-las de igual para igual. E até vencê-las, desde que haja necessidade e merecimento de nossa parte. Estou lendo o livro “A Cabana”, de William P. Young, editora Sextante, 236 páginas. Ganhei da Elizete, do restaurante Tempero do Lar.
A diagramação do livro é boa e facilita a leitura. O texto ajuda. Frases curtas, parágrafos breves. Orações, em geral, na ordem direta: sujeito, verbo, predicado. O Sr. Young sabe das coisas. Estou na parte em que Mack, o personagem que narra a história, vai até a cabana onde, presumivelmente, sua filhinha fora assassinada.
Ali, ele encontra com outros três personagens, que se apresentam como sendo, adivinhem…? Sim, isso mesmo, Deus. Estou realmente curioso pra saber como é que o Sr. Young vai se sair da encruzilhada em que se meteu. A julgar que o livro vendeu pra burro e liderou por semanas a lista dos mais vendidos nos EUA, meu esforço, creio, não será em vão.
A revista Rolling Stone publicou na internet a notícia de que um estudo científico teria concluído que Fred Mercury, da finada Banda Queen, foi o melhor cantor do mundo. Se a ideia da revista era chamar atenção para si e alavancar seus dividendos, deve ter conseguido. De minha parte, só tenho uma coisa a dizer: menos, né? Embora Fred realmente tenha sido formidável. E eu um fã da banda.
Curto, aliás, algumas músicas (não todas) até hoje. Agora, não há simplesmente como considerar esse ou aquele o melhor cantor do mundo, quando são tantos os gêneros musicais, em todas as épocas. E, citando via o amigo e músico Peninha, o também amigo e exímio conhecedor de músicas e cantores, Orlando Rossi: “Cantores são: Sopranos, Barítonos e Tenores… o resto é Contralto”.
Assisti dia desses, no canal Multicultura, o documentário sobre a restauração do Cine São Paulo, em Dois Córregos, o mais antigo do Brasil. Construído em 1910, o primeiro filme que ali passou foi em 1911. Até 1940, a sala pertenceu à Cia. Paulista de Força e Luz. Depois, foi adquirida pela família Telles. Coube ao filho, Francisco Prado Telles, professor de história aposentado, assumir a direção do cinema em 1980.
O maior público que o Cine São Paulo recebeu foi em 1998, com a exibição do longa Titanic, quando mais de 5.000 pessoas, distribuídas em 25 sessões, assistiram ao filme. Hoje, no local, após restauração, está instalado o Centro Cultural Nilson Prado Telles, pai do Seu Francisco, e primeiro proprietário particular do Cine São Paulo.
Os absurdos ocorridos no futebol nos últimos dias são estarrecedores. Jogador do Corinthians é expulso por comemorar gol com a torcida. Árbitro dá dura em Neymar, porque ele tentou fazer uma jogada bonita. Diretoria do Flamengo se acha no direito de estabelecer valores para as vidas humanas que o clube tinha sob sua responsabilidade e não teve a capacidade de preservar. PM retira bengala de uma pessoa com necessidades especiais durante jogo do Velo Clube, pelo Campeonato Paulista da terceira divisão. O que é que acabou? O futebol ou a sociedade humana?
Com todo zelo, amor e carinho, tenho cuidado, todos os dias, das 4 árvores plantadas na calçada da Sociedade Veteranos, na Avenida 8, Rua 10, bairro Santa Cruz. Mas eis que na manhã de domingo, deparei-me com uma delas arrancada e jogada no meio da rua. Ao infeliz que teve essa capacidade, só tenho a dizer uma coisa: iremos plantar outra árvore ou quantas forem necessárias. E que Deus ilumine a sua vida e o ajude a perceber, enquanto é tempo, que ao destruir a natureza você destrói a si mesmo.
O filósofo grego Sócrates dizia: “Tudo que sei é que nada sei”. Com ele aprendi que, sem humildade, não se aprende nada. Humildade não é diminuir-se perante os outros. É reconhecer seus limites e suas necessidades. E buscar superá-los. Por melhor que você seja naquilo que faça, pode sempre aprender algo mais e tornar-se ainda melhor.
No próximo dia 10, serão 51 primaveras. Obrigado, Seu Geraldo e Dona Alzira. A coisa não se saiu como imaginávamos, mas a vida é um constante aprendizado. E o melhor está por vir. E para você, leitor amigo, bom dia. Aprecie aquele café gostoso e quentinho, lendo o seu Diário, e até a próxima!