A área da saúde concentra um maior número de profissionais especialistas e técnicas de ação do que em qualquer outra atividade da economia.
Somente pelo fato de se tratar de uma atividade que tem relação direta com a vida do ser humano, você poderia pensar que esta área é a que recebe os maiores investimentos governamentais e onde as instituições privadas são as mais profissionalizadas do país.
Mas, como sabemos, não é bem assim. Há, apesar disso, um esforço crescente para transformar essa realidade. Na verdade, de uma forma quase que compulsória, as instituições de saúde estão se organizando para mudar essa realidade.
No caso das organizações de saúde privadas, a que me refiro especificamente, temos visto ações que buscam desenvolver uma visão de negócio que possibilite a elas uma sobrevivência no mercado com maior qualidade e resultado.
Por mais que se releve, em alguns casos, o esforço de profissionalização dessas instituições, ainda observa-se que suas práticas estão longe de uma gestão que possa trazer os resultados que todas as partes interessadas esperam.
Para deixar clara minha afirmação, devemos entender que uma organização de saúde não está limitada ao ambiente hospitalar. Compreenda-se aqui, portanto, como uma organização de saúde todas aquelas que contemplam na sua atividade-fim o atendimento ao ser humano com vistas a promover sua saúde.
Neste raciocínio mais amplo, encontram-se, além dos hospitais, as clínicas, os laboratórios, os consultórios médicos e os serviços de saúde de uma forma geral.
Uma organização de saúde de excelência, portanto, exige uma gestão onde a participação de uma equipe multidisciplinar tenha como essência o trabalho em equipe.
No caso de um consultório médico ou de uma clínica, por exemplo, a secretária ou atendente e as assistentes são tanto a extensão do tratamento, quanto a facilitação do diagnóstico do próprio médico.
Seguindo neste exemplo, é muito comum encontrar, infelizmente, uma realidade muito diferente disso onde se observa uma total falta de sintonia entre um profissional e outro, seja na abordagem, na prestação das informações e no relacionamento de uma forma geral, deixando o paciente/cliente muito desconfortável e insatisfeito.
Por mais que se tenha buscado uma mudança desta realidade, ela é ainda norteada por soluções “caseiras” voltadas quase que exclusivamente para o negócio em si, que coloca a gestão em segundo plano por entendê-la como algo ainda distante de suas realidades.
Em um ambiente de indefinições, incertezas e, muitas vezes, conduzido por profissionais carentes de maior especialização, é necessário que haja um movimento mais acentuado para profissionalização da gestão e que leve em conta a utilização de ferramentas e metodologias aceitas universalmente.
Diante deste cenário, é essencial prover às organizações de saúde um enfoque sustentável. Para isso, é necessário que elas passem de fato por um tratamento no campo da gestão. Até…
Por Moacir Martins Jr.