O Brasil passa a viver a partir de janeiro, literalmente, um novo Ano com um novo governo.
Em tese, os novos governantes chegam para dar uma resposta a todo brasileiro que deseja um País inserido num contexto de desenvolvimento industrial, social e econômico e que proporcione melhores condições de vida para todos.
Não há como negar que, mesmo com certo ceticismo, todos esperam uma mudança de comportamento em todas as esferas do ambiente político. E mais, que isso reflita em melhores resultados no contexto da nação.
No âmbito empresarial, que aqui é o nosso foco, o País precisa recuperar sua credibilidade junto aos investidores internacionais e também a própria “autoestima” dos nossos empresários.
Governos passados criaram uma clara divisão entre patrões e empregados. Esta ideologia nada tem de positivo para ninguém. Quando patrões e empregados estão em lados opostos, ninguém ganha.
Ainda que suas demandas sejam diferentes e até certo ponto conflitantes, é necessário que o entendimento sobre seus objetivos seja colocado à mesa de forma transparente e sem ideologias.
São muitos os paradigmas que permeiam a relação capital e trabalho, há muito tempo. Vivemos até aqui uma relação sob a qual um deve se proteger do outro e, convenhamos, este não é um comportamento agregador.
Sob esta ótica, é clara a necessidade de uma reforma trabalhista ampla. Esta é uma condição primária para incentivar a criação e o oferecimento de oportunidades de trabalho.
A geração de empregos e renda é o motor da economia, pois é através dele que se melhora a capacidade de consumo e as condições de vida.
Emprego gera renda que gera desenvolvimento – muito primariamente o chamado circulo virtuoso.
Segundo dados do Ministério do Trabalho, entre 2015 e 2017, o País fechou um total de 2,88 milhões de postos de trabalho.
Neste contexto, não há espaço para ideologias, vilões e vítimas, é necessário que haja esforço de todos os partícipes.
Do governo, espera-se mais austeridade com seus próprios gastos. Com isso, é preciso uma administração muito mais profissional da máquina pública. É preciso acabar com privilégios no funcionalismo que não fazem mais sentido para ninguém, em nenhum lugar.
Dos empresários, espera-se mais investimentos para geração de emprego e com melhores condições para os trabalhadores, que garantam um ambiente de maior cooperação e de mais produtividade.
Dos trabalhadores, espera-se uma nova postura e o entendimento das mudanças que vêm ocorrendo no mundo do trabalho e que exigem que eles busquem capacitação e aperfeiçoamento técnico, independente de suas experiências funcionais. Aperfeiçoar suas competências emocionais permitindo o alinhamento entre aquilo que eles fazem como profissionais e suas interações no ambiente e com as demais pessoas. Temos um longo caminho, de muitas possibilidades, mas precisamos entender que há um novo paradigma pela frente.
Um excelente Ano Novo a todos.
Até…