Último levantamento feito pela prefeitura de Rio Claro através do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), da Secretaria de Desenvolvimento Social, realizado em maio, aponta que a cidade contava com 106 pessoas em situação de rua.
Em Piracicaba um estudo localizou e fez um levantamento sobre as pessoas em situação de rua. Realizado entre os dias 20 de julho e 17 de agosto de 2021, o estudo localizou 234 pessoas em situação de rua, das quais 198 responderam ao questionário completo aplicado pelos educadores sociais do CRAMI. Os dados coletados possibilitaram a compreensão da realidade dessa parcela da população, subsidiando a Assistência Social e demais políticas públicas para avaliação dos serviços e programas oferecidos.
O desenvolvimento do censo é realizado através de metodologia construída pela equipe de pesquisa formada pela SMADS, CRAMI, SEAS (Serviço de Abordagem Social) e INDSAT (Indicadores de Satisfação dos Serviços Públicos), unindo experiência no atendimento às pessoas em situação de rua e especialização em pesquisa e gestão de informações. A proposta permite a produção de dados úteis para a construção de políticas públicas voltadas para as pessoas em situação de rua, através da captação digital de dados utilizando telefones celulares com conexão à internet.
REALIDADE NO PAÍS
Conforme publicou o INDSAT (Indicadores de Satisfação dos Serviços Públicos), as informações observadas na cidade de Piracicaba são similares ao cenário observado no restante do país: estudos divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz revelam que, das 221 mil pessoas encontradas em situação de rua entre fevereiro e março de 2020, 31% estão nas ruas há menos de um ano; destas, 64% por perda de trabalho, moradia ou renda. Outro dado relevante apontado pela fundação é o aumento de mulheres em condições de rua, chegando a 35%. No Censo realizado no estado de São Paulo em 2019, divulgado pelo portal G1, eram 24.344 pessoas em situação de rua apenas na capital.
Em Piracicaba, o Censo identificou que 23,7% dos entrevistados estão nas ruas há menos de um ano e 8,6% entre um a dois anos. Apesar de agravada pela pandemia, a condição também é causada por outras questões, como “conflitos familiares” (35,3%), “dependência de álcool” (21%), “dependência de drogas ilícitas” (19,1%), “perda de trabalho” (7,7%), “perda de moradia” (4,4%), perda de familiares” (2,6%), “regresso do sistema prisional” (1,8%), entre outros.
Acolhimento
Em Rio Claro durante o inverno nas ações de acolhimento realizadas para este público, uma média de 70% não aceitava abrigo
Por Janaina Moro / Foto: Arquivo/Divulgação