A primeira providência tomada quando um projeto de poder nefasto e corrompido, oriundo das trevas, inicia seu plano macabro de dominar um país e subjugar a sua gente, é destruir os símbolos nacionais deste país. A começar por seu idioma.
Essa desgraça não ocorre só no Brasil, infelizmente, é regra em todo mundo ocidental. Basta dar uma olhada nas redes sociais. Porque as pessoas se revelam por seus atos praticados e pela maneira como se comunicam. Com o advento das redes sociais nunca se escreveu tanto como agora. E tão mal.
A necessidade de se exibir, de se comunicar, de marcar território, de se auto afirmar perante o semelhante e dizer ao mundo que, “sim, eu existo, também”, é real e ocupa as mentes e os corações dos ingênuos, dos iludidos, das alminhas puras de bom coração, que se constituem, infelizmente, a maioria de nós.
Palavras fáceis, de uso habitual nesses tempos tristes, como homicídio e assassino, transformam-se em “omiçídio” e “assaçimi”, no teclado dos internautas que ultrajam as regras de ortografia da sagrada língua portuguesa, sem nenhum constrangimento. Creia-me em nome de Deus, atencioso e benévolo leitor, que não estou mentindo, mas, vontade tenho de assassinar um desses detratores da última flor do lácio.
O que fazer diante de tão asqueroso e revoltante cenário? Nada. Não estamos mais no tempo de fazer, mas, de, salvar-se. E que cada um tome suas providências e se salve a si mesmo. Por uma razão muito simples. Não há volta nesse caminho para o qual nos empurraram sorrateiramente. Quem tinha de despertar para a realidade já despertou. E se trata da minoria ínfima que não faz peso e nem diferença no mundo. Portanto, todo esforço por reverter a situação é tardio e inútil.
Notem que todas as tentativas das pessoas realmente responsáveis, cidadãs, altruístas, conscientes de sua presença e sua importância no mundo, de sua atribuição natural de contribuir para o progresso da sociedade humana, até que começaram muito bem, mas, fracassaram irremediavelmente, quando resvalaram na dificuldade intransponível da solução de continuidade das coisas.
Enfim, o estrago está feito e ponto final. E não esperem por melhora porque não virá. Uma geração derrotada sai de cena. E outra, a que assume postos de comando e relevância, se apresenta despreparada, ludibriada e, por demais ingênua e fraca para lidar com inimigo tão poderoso, ao qual, não duvidem, é mais fácil se juntar do que combater. Adivinhe, atento e sagaz leitor, qual será a opção dessa gente destituída de brio?
Toda a inversão de valores imposta à sociedade brasileira, a partir da desonestidade intelectual manifesta em todo século XX, e de modo mais contumaz, a partir do século XXI, seja na grande mídia, seja na classe artística, seja na casta ocupante das cátedras universitárias, enfim, nos formadores de opinião, de modo geral, contribuiu decisivamente para esse deplorável estado de coisas, ainda que seu orgulho soberano, jamais lhes permita assumir o ônus da culpa.
Oportuno salientar que onde o bem se ausenta o mal se instala. E instalado está, o mal, entre nós. E não se vê nenhuma atitude, nenhum ameaço de indignação, mesmo que contida, ou mínima reação, que seja, por parte daqueles que podem e devem reagir, o que seria muito natural, tivessem eles um pingo de vergonha na cara, amor à pátria e respeito à sua gente da qual fazem parte, mesmo que se neguem a admitir o fato. Meus sentimentos, caro leitor! Se você crê em dias melhores, meus parabéns!
Por Geraldo Costa Jr. / Foto: Reprodução