Uma tragédia marcou o final de semana em Rio Claro. Um casal morreu após um atropelamento nas margens da SP 191 Rodovia Wilson Finardi. O atropelamento foi na tarde do último domingo, dia 3.
O casal coletava água na bica existente no quilômetro 073+200 m, no sentido da ida para a SP 310 Rodovia Washington Luís, quando foi atingido por um veículo Volkswagen Polo. O policial militar aposentado Marcelo Aparecido dos Santos, 54 anos, morreu no próprio local, enquanto a esposa, Irene Pereira Brito dos Santos, 55 anos, faleceu na Santa Casa de Rio Claro, em razão da gravidade dos ferimentos.
O motorista do Polo, um homem de 58 anos, passou pelo teste do bafômetro que constatou a presença de 0,54mg de álcool por litro de ar alveolar, e foi preso em flagrante pela Polícia Militar Rodoviária e levado para a delegacia em Rio Claro.
‘Três ou quatro cervejinhas’
No Boletim de Ocorrência do caso, está o registro de que ele admitiu ter ingerido “três ou quatro cervejinhas”, durante o almoço do domingo. A tese inicial das autoridades, com base nas evidências colhidas até então, é de que ele estaria dirigindo em alta velocidade.
Consumo da água da bica não tem garantia sanitária oficial
Embora as causas preliminarmente apuradas para explicar o acidente estejam relacionadas ao consumo de álcool pelo motorista do Polo, não há como negar que a coleta de água nessa bica antiga e famosa de Rio Claro é arriscada, devido às características da rodovia e à localização do ponto onde as pessoas costumam recolher a água.
O trecho tem acostamento regular, não é incomum verificar a presença de várias pessoas fora dos veículos, passando longos intervalos de tempo coletando a água, expondo-se ao risco de acidentes.
Vale lembrar que a própria concessionária de rodovias responsável pelo trecho, a Arteris Intervias já se manifestou não recomendando o uso da água para consumo humano.
O DAEE (Departamento de Água e Esgoto) de Rio Claro também já se manifestou em diferentes oportunidades esclarecendo que não tem responsabilidade sobre esse ponto de coleta de água e que a recomendação é não utilizá-la para consumo humano.
Foto: Diário do Rio Claro