Somente nos meses de janeiro e fevereiro de 2022, 2,5 bilhões de litros de esgoto sem tratamento deixaram de ser despejados nos rios e córregos de Rio Claro. Isso só foi possível devido aos avanços em esgotamento sanitário conquistados pelo município.
Para coletar todo o esgoto da área urbana da cidade, ou seja, destinar todo o esgoto gerado nos imóveis (pelas pias, ralos e vasos sanitários) até as devidas tubulações, Rio Claro possui 831 quilômetros de redes. Isso significa que se toda a estrutura de tubulações da cidade fosse colocada numa linha reta, ela seria suficiente para chegar próximo à divisa da Bahia, ou ainda, realizar por quatro vezes uma viagem de Rio Claro à capital São Paulo.
Por dia, mais de 43 milhões de litros de esgoto são recebidos in natura nas estações da BRK, tratados e devolvidos adequadamente aos rios do município. Há pouco mais de uma década, a cidade tratava apenas 11% de seu esgoto. Em 2010, conquistou um importante avanço neste serviço com o início de operação da ETE Conduta e, posteriormente, em 2017, com o início de operação da ETE Jardim Novo, alcançando os 92% atuais de tratamento de esgoto.
Os avanços e os resultados obtidos no município são bem diferentes do resto do país. É o que mostra o Esgotômetro do Instituto Trata Brasil, que desde o dia 1º de janeiro de 2022, acompanha a quantidade de esgoto sem tratamento despejados na natureza. Até o momento, dia 02 de março, mais de 323 mil piscinas olímpicas de esgoto foram despejadas na natureza. Por dia, são 5.336, segundo a ferramenta.
De acordo com o Instituto Trata Brasil, dados do IBGE em 2019 demonstram que, no país são 1,6 milhão de residências sem acesso ao banheiro, ou seja, estima-se que mais de 5 milhões de pessoas sejam impactadas pelo problema. Além disso, cerca de 35 milhões de brasileiros não tem acesso à água potável e quase 100 milhões sem coleta dos esgotos. Somente 49% dos esgotos gerados no país são tratados, o que equivale a jogar todos os dias na natureza uma média de 5,3 mil piscinas olímpicas de esgotos sem tratamento.
“O avanço nos serviços de esgotamento sanitário é um privilégio do município de Rio Claro e fruto dos investimentos realizados pela concessionária. Essa é uma conquista muito importante, pois impacta diretamente no cotidiano da população, uma vez que os sistemas de coleta e tratamento de esgoto são fundamentais para prevenir a contaminação e transmissão de doenças”, explica Alexandre Leite, gerente de operações da BRK em Rio Claro.
Cuidados com a rede de esgoto
A concessionária destaca que as redes de esgoto não foram projetadas para transportar lixo e que a má utilização pode causar transtornos a todos. Por isso, a empresa reforça que é fundamental não jogar restos de comida e lixo nas redes de esgoto. Além disso, lembra que o acúmulo de fios de cabelo e óleo de cozinha estão entre os principais responsáveis pelo entupimento das redes públicas de esgoto, portanto, é preciso dar a eles o destino adequado. Cuidados como esses ajudam a reduzir a quantidade de entupimentos nas redes de esgoto, além de evitar o retorno de esgoto para as residências.
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