Somente nos meses de janeiro e fevereiro de 2023, mais de três bilhões de litros de esgoto sem tratamento deixaram de ser despejados nos rios e córregos de Rio Claro. Isso só foi possível devido aos avanços em esgotamento sanitário conquistados pelo município.
Para coletar todo o esgoto da área urbana da cidade, ou seja, destinar todo o esgoto gerado nos imóveis (pelas pias, ralos e vasos sanitários) até as devidas tubulações, Rio Claro possui 832 quilômetros de redes. Isso significa que se toda a estrutura de tubulações da cidade fosse colocada numa linha reta, ela seria suficiente para chegar próximo à divisa da Bahia, ou ainda, realizar por quatro vezes uma viagem de Rio Claro à capital São Paulo.
Por dia, mais de 51 milhões de litros de esgoto foram recebidos in natura nas estações da BRK, tratados e devolvidos adequadamente aos rios do município. Esse é o maior volume já registrado historicamente. Há pouco mais de uma década, a cidade tratava apenas 11% de seu esgoto.
Em 2010, conquistou um importante avanço neste serviço com o início de operação da ETE Conduta e, posteriormente, em 2017, com o início de operação da ETE Jardim Novo, alcançando os 92% atuais de tratamento de esgoto.
O resultado obtido na cidade é bem diferente do restante do país. É o que mostra o Esgotômetro do Instituto Trata Brasil, que desde o dia 1º de janeiro de 2023, acompanha a quantidade de esgoto sem tratamento despejados na natureza. Até agora, mais de 381 mil piscinas olímpicas de esgoto foram despejadas na natureza.
Segundo o Ranking do Saneamento 2023, elaborado pelo Instituto Trata Brasil com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano de 2021, 100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto. Além disso, somente 50% do volume de efluentes gerados são tratados. Vale destacar que o município de Rio Claro não está contemplado no Ranking uma vez que o estudo considera os 100 maiores municípios, tendo em vista a estimativa populacional de 2021 do IBGE.
O esgotômetro, que tem como base os dados do IBGE de 2021, mostra ainda que mais de 5,5 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza diariamente. “O avanço nos serviços de esgotamento sanitário é um privilégio do município de Rio Claro, fruto dos investimentos e operação realizados continuamente pela concessionária. Essa é uma conquista muito importante, pois impacta diretamente no cotidiano da população, uma vez que os sistemas de coleta e tratamento de esgoto são fundamentais para a saúde pública e meio ambiente em toda a região”, explica Alexandre Leite, gerente de operações da BRK em Rio Claro.
Cuidados com a rede de esgoto
A concessionária destaca que as redes de esgoto não foram projetadas para transportar lixo e que a má utilização pode causar transtornos a todos. Por isso, a empresa reforça que é fundamental não jogar restos de comida e lixo nas redes de esgoto.
Além disso, lembra que o acúmulo de fios de cabelo, óleo de cozinha e gordura estão entre os principais responsáveis pelo entupimento das redes públicas de esgoto, portanto, é preciso dar a eles o destino adequado. Cuidados como esses ajudam a reduzir o risco de entupimentos nas redes de esgoto, além de evitar o retorno de esgoto para as residências.
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