Estamos às portas de um novo ano. Já ouvi muita gente dizendo que deveríamos riscar o ano de 2020 de nossas vidas, como se isso você possível, ou melhor, se fosse resolver qualquer problema.
Independentemente de fatos ou circunstâncias específicas, o ano em curso nos trouxe problemas que até então não havíamos experimentado. Essa é a dinâmica da vida – para o bem ou para o mal.
Vivemos em um mundo de incertezas a todo o momento, seja você um empresário, um empreendedor, um assalariado, uma dona de casa ou, quem sabe, até um político. Não importa; o diagrama causa x efeito, de Kaoru Ishikawa, sempre vai explicar nossas decisões impensadas, arbitrárias e desconectadas de valores éticos, morais e de cooperação mútua.
Apesar disso, não podemos perder a esperança de que poderemos reverter, senão no todo, em parte as dificuldades que trouxeram grandes mudanças no nosso cotidiano.
Por que não haveremos de buscar ações efetivas em prol do meio ambiente? Quem sabe começando com passos simples, como fazendo com que o certificado ISO 14001 saia dos quadrinhos pendurados nas recepções das organizações e seja de fato aplicado para o desenvolvimento sustentável da empresa, do seu entorno e para o bem estar dos seus próprios trabalhadores!
Não há porque não acreditar que ainda possamos ter projetos de lei, a começar pelos municípios, que estejam de fato alinhados às reais demandas da população, fazendo com que a máxima do retorno do capital investido retorne aos munícipes que são de fato os únicos e verdadeiros acionistas do processo.
Talvez mais do que possível, seja necessário que a consciência acerca do respeito às leis, à ordem e aos valores que coloquem o ser humano em primeiro lugar seja ensinado nas escolas com absoluta prioridade, para que a educação e a formação do homem em sua essência façam parte do plano de aula daqueles que são, ou deveriam ser, os mestres e os juízes imparciais no ensino e para a prática desses valores.
É preciso acreditar que chavões como soft skills, por exemplo, não sejam apenas parte de um novo normal para “vender” ideologias, sejam elas quais forem, que postergam aquilo de que mais necessitamos – pessoas mais conectadas umas com as outras para que a qualidade de vida possa ser compartilhada e o crescimento e desenvolvimento social não seja uma utopia para grande parte das pessoas, também dentro das próprias empresas.
Todo esse contexto é na verdade parte da gestão compartilhada, que não se aplica somente às empresas, ainda que muitas delas estejam mais distante dessa prática do que possamos imaginar, mas é um caminho a se trilhar com uma sociedade que vive sob os efeitos da insegurança e da resistência às mudanças, por ter sido escravizada durante séculos sob o paradigma de que “manda quem pode e obedece quem tem juízo”.
O resultado das empresas tem sido impactado muito mais pela falta de preparo de seus líderes do que tão somente pela escassez ou pela falta de qualificação da sua mão de obra. Este é um fato irrefutável no mundo empresarial em qualquer lugar desse planeta.
Por fim, escassez de mão de obra qualificada está para falta de empregos, assim como estratégia e decisões equivocadas estão para a liderança despreparada na nossa sociedade.
Mas seja como for, onde há a presença do homem sempre haverá esperança de que poderemos mudar os rumos da nossa vida – quiçá para melhor.
Que venha 2021, para uma vida melhor!
Até…
O autor é conferencista, palestrante e Consultor empresarial. Autor do livro Labor e Divagações. Envie suas sugestões de temas para o prof. Moacir. Para contatos e esclarecimentos: moa@prof-moacir.com.br Viste também: www.prof-moacir.com.br