As nossas relações interpessoais e pessoais estão muito interligadas como observamos o outro, de que modo contatamos essas ligações que se interagem de uma forma mais afetuosa ou mais distante.
E isto ocorre no âmbito familiar, empresarial e social, ou seja, como eu vejo o outro.
Com a evolução e o avanço da tecnologia, estamos mais interligados em redes sociais e cada vez um pouco mais distanciados de forma cenestésica, um abraço, um olhar no olho, um aperto de mão. E isto tem mudado um pouco as relações sociais dentro do conceito de união fraterna.
Explico melhor relatando a estória do mestre e seus discípulos. Já te contei? Em um tempo muito distante, um mestre Zen, pensando em elevá-los mais espiritualmente, faz uma sábia pergunta: quando termina a noite e começa o dia? Houve uma pausa no ambiente e um dos discípulos responde: mestre, quando conseguir distinguir um cavalo de uma vaca. O mestre responde: não!
Outro iniciado interage: mestre, saberei distinguir quando termina a noite e começa o dia quando perceber a diferença entre cerca e um arbusto. Não! Imediatamente retrucou o mestre. E daí para frente vários argumentos foram relatados e o mestre radicalmente persistia com um não.
Depois de vários argumentos negativos, o mestre conclui: quando termina a noite e começa o dia? Quando conseguir olhar o rosto de uma pessoa e conseguir distinguir nela a um irmão ou a uma irmã. Haverá terminado a noite e iniciado o dia. Enquanto não seja capaz disso, seja a hora que for para você, seguirá sendo noite, escuro e frio. Enquanto não seja capaz de olhar os demais como irmão e como irmã, andará sempre na escuridão.
Uma noite pode ser longa. Uma noite pode ser escura. Uma noite pode ser fria. Uma noite pode ser muito úmida. Uma noite pode ser seca. Uma noite pode ser somente uma noite. E uma noite pode significar esperança do alvorecer. E uma noite pode ser interminável. De qualquer forma, a chance do sol aparecer no horizonte é mais certa possível. E a chance de reconhecer a outra pessoa como irmão e irmã também é possível.
Então sugiro que você comece a perceber esses sentimentos de amor, de compaixão e afetividade naquele que está ao seu lado, naquele que passou somente uma vez por você, naquele que sempre está do seu lado. Cumprimente-o com o coração, diga o quanto você preza este encontro, com diz Madre Teresa de Calcutá: “Não devemos permitir que alguém da nossa presença saia sem sentir melhor e mais feliz”.
O que leva ao resultado é a ação, a apatia, e a negligência pode levá-lo a não distinguir quando termina a noite e começa o dia e permanecer na escuridão. Pense nisso!