Outro dia, o Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, concedeu uma entrevista à Revista Veja que causou um furdunço na cabeça da Intelligentsia Sinestromana.
Impressionante foi a maneira como os órgãos de imprensa, os ‘intelectuais’ e os artistas de modo geral, reagiram às declarações para lá de sinceras do colombiano. Creio ser mesmo difícil a quem quer que seja tentar refletir sobre as suas afirmações, até porque Narciso acha feio o que não é espelho, não é verdade?
Entretanto, quero ressaltar apenas um ponto: a Universidade. Principalmente quando enfatizou que o ingresso na instituição não pode ser para todos, uma vez que nem todos estão preparados e têm disposição, haja vista o crescente comércio em torno da produção de Trabalho de Conclusão de Curso, o temível TCC.
Não entendo o porquê do zum zum zum! O Ensino Superior não deve ser encarado simplesmente como um ‘passaporte’ para a ‘ascensão social’. O Ensino Superior precisa, obrigatoriamente, estar acessível aos estudantes que queiram ingressar por livre e espontânea vontade e não por imposição do mercado!
O que o Condenado [agora, aliás, em dois processos!] de Curitiba fez enquanto governava foi transformar o Ensino Superior em propaganda política, uma espécie de moeda de troca, ou seja, o molusco facilitou a entrada na graduação em detrimento ao necessário investimento na Educação Básica, visando unicamente a propagação do despreparo e do emburrecimento com o intuito de alcançar a perpetuação no Poder.
O condutor da entrevista na revista que os esquerdistas amam odiar, demonstrando estar completamente contaminado pelo gramscismo, em certo momento pergunta ao Ministro se há a pretensão de sua parte em remover o monumento do comunista Paulo Freire instalado defronte ao prédio da entidade educacional durante o Governo Lula.
Vélez diz que não e enfatiza que, caso tenha oportunidade, cogita estender a homenagem a outros nomes, entre os quais, Olavo de Carvalho, a quem o jornalista erroneamente definiu como “filósofo conhecido pelas posições extremadas e pelo palavreado chulo”.
Ora, Ora, Ora… como o próprio professor já disse: “Não me venham com moralismos de puteiro. Qualquer palavrão, na minha boca, é mais decente do que oração em latim recitada por padre comunista”.
Agora, enquanto escrevo, acaba de chegar notificação do site Puggina.org informando que Vélez firmou um protocolo de intenções com demais órgãos do Governo Bolsonaro e, juntos, pretendem apurar desvios e favorecimentos indevidos no Programa Universidade para Todos (ProUni), no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec), bem como na concessão de Bolsas de Estudos.
Em seu texto, Percival Puggina termina brilhantemente enfatizando: “Os descontentes precisam saber que Vélez Rodriguez não é Fernando Haddad; nem Tarso Genro; nem Cid Gomes; nem Aloisio Mercadante”. É isso mesmo!
O atual Ministro aparenta ter boa intenção e só pelo fato de querer investir e priorizar a Educação Básica já vale por todos os seus antecessores dos últimos 25 anos, com exceção de Cristovam Buarque que, ainda que reze pela vulgata marxista, sempre demonstrou preocupação com a questão, tanto que foi demitido via telefone em 2004 por Luiz Inácio da Silva.
Outro fato recente que chamou a atenção de como o aparelhamento da Imprensa, da Universidade e da ‘Classe Artística’ está desmedido, ocorreu durante a participação do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo de Aquino Salles, no Programa Roda Viva, da TV Cultura. Incitado a opinar sobre Chico Mendes – figura trazida à tona pelo âncora da atração televisa e para quem abro um parêntese com a intenção de lembrar o leitor que, além de um sindicalista ligado ao PT,
Mendes foi como todos os outros companheiros uma peça para Revolução Cultural Gramsciana –, Salles respondeu: “Não conheço Chico Mendes e escuto histórias de todos os lados […]”, porém, “o fato é irrelevante, pois que diferença faz quem é Chico Mendes no momento?”.
“Como assim, que diferença faz nosso Símbolo Maior de Ambientalismo?”, rosnou os meios de comunicação no dia seguinte, apagando tudo que o titular da pasta disse de relevante! Pois é! Como ficou claro em ambas as inquisições, Vélez e Salles sofreram a tentativa de serem neutralizados com perguntas capciosas e insinuações perversas, porém, acredito que com gestos pontuais e atitudes concretas os dois seguirão adiante, pois são imprescindíveis para a Reconstrução do País! Até domingo que vem!