Autor de ‘O Filho Radical: A Odisseia de uma Geração’, obra com a qual relata sua peregrinação política desde os anos 1960 até os primeiros anos da década de 1990, David Horowitz chegou a mim como uma lufada de conhecimento acerca do funcionamento da estratégia de tomada de poder pelos esquerdistas de todo o Globo.
Filho de pais progressistas, Horowitz teve importante participação no que ficou conhecido como ‘Nova Esquerda’ e chegou a atuar como co-editor da revista ‘New Left de Ramparts’, entretanto, devido a um fato ocorrido e que não vou revelar com a expectativa de que o leitor da Tempestade de Amianto dedique um tempo pesquisando, contornou à direita e, desde então, é um dos mais respeitados conservadores do Mundo.
Da mesma forma, o jornalista Paulo Francis também passou da esquerda para a direita quando percebeu ser apenas mais uma peça da cruel e nefasta engrenagem construída através dos ‘ensinamentos’ de Marx e Gramsci e que têm o intuito único de interferir na vida das pessoas com um Estado Provedor que transforma todos em escravos do seu bel-prazer.
Crítico ferrenho da Intelligentsia Sinestrômana, Francis morreu no dia 4 de fevereiro 1997 vítima de um ataque cardíaco cujos primeiros sintomas foram diagnosticados como uma simples bursite. Há indicações, aliás, de que sua saúde ficou extremamente debilitada com a pressão sofrida por parte dos diretores da Petrobras – à época vinculados ao Governo FHC – depois que denunciou um esquema de corrupção no Programa Manhattan Connection.
Horowitz e Francis são pessoas que o establishment apagou dos debates, sejam acadêmicos, jornalísticos ou políticos. Ainda que o primeiro esteja vivo e siga palestrando e escrevendo ótimos livros, a sua popularidade não alcança os estudantes secundaristas e universitários e as suas ideias não são difundidas via WhatsApp como são as do astro da Filosofia, o esloveno Slavoj Žižek.
Fosse vivo, Francis também teria sua voz anulada pelo carisma dos especialistas contemporâneos que propagam conceitos marxistas difundidos por intelectuais da estatura de Mário Sérgio Cortela e Leandro Karnal. Atualmente, o debate só é válido quando permeado pela dialética em detrimento ao positivismo.
Os progressistas – cuja principal característica é a imaginação futura de um lugar em que todos vivam bem –, por exemplo, acreditam que todas as mazelas resultam das Instituições Sociais e que apenas o Governo – atentem para isso! – pode melhorar a vida das pessoas quando, na verdade, o Governo com seus impostos cada vez mais abusivos propostos em forma de Lei por esses pseudo-salvadores é sim um criador de servos! Em contrapartida, os conservadores, tentam encontrar a raiz dos problemas na observação, principalmente, dos erros cometidos no passado, porém com os pés calcados na realidade atual.
Infelizmente, até por falta de uma coerência na Política Nacional – ou seja, um País que tem 35 partidos não pode ser levado a sério, não é mesmo?! –, a maioria esmagadora dessas agremiações no Brasil tendem à esquerda – até porque não existem 35 ideologias e a maior parte serve apenas como moeda de troca em alianças que em nada favorecem o povo – e, toda vez que alguém defende os ideais conservadores, os histéricos com sua agenda que visa proporcionar o Éden na Terra, gritam em uníssono: “Fascista!”, “Racista!”, “Sexista!”, e outros adjetivos que, na Guerra Cultural travada neste silêncio que precede o esporro, incluíram no repertório da narrativa esquerdista. Até domingo que vem!