Na semana passada abordei os Discursos de Posse de uma parte, talvez a pior, caso fosse possível quantificar, da esquerda brasileira que ocupou o cargo da Presidência da República.
Sim, verdade que discorri apenas sobre os ditos de Lula e excluí as besteiras ditas pela PresidAnta Dilma Rousseff por motivos óbvios, ou seja, a criatura não merece um mínimo de trabalho de quem quer que seja quando o assunto é a tentativa de compreensão do que disse antes, durante e depois de ocupar o Poder Executivo.
Infelizmente, para esses déspotas, o Povo é uma abstração que escapa de suas bocas como perdigotos e que faz recordar aquela frase de Lima Barreto extraída de um artigo publicado na Revista Careta em 1922 em que o escritor irônica e lucidamente define: “O Brasil não tem povo, tem público”.
Representando o mesmo lado da moeda, ainda que taxado pela ‘oposição’ como ‘Líder da direita malvada’ nesse Teatro das Tesouras, Fernando Henrique Cardoso falou sobre a corrupção apenas uma vez naquele já distante 1º de janeiro de 1995. “O clientelismo, o corporativismo e a corrupção sugam o dinheiro do contribuinte antes que chegue aos que deveriam ser os beneficiários legítimos das ações do governo”.
Em 1999, quando do início do seu segundo mandato – conquistado, aliás, com a aprovação da Emenda Constitucional da Reeleição sob fortes acusações de compra de votos de deputados (aquilo que, posteriormente, o PT institucionalizou no Congresso Nacional e que ganhou a alcunha de Mensalão), com tamanha desfaçatez FHC não citou nenhuma vez a palavra corrupção!
Entretanto, isso não importa tanto diante do fato do que fez, ou melhor, do que deixou de fazer no que diz respeito a Educação no Brasil.
Implantada em 1996, a Progressão Continuada – estratégia que, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) “contribui para viabilizar a universalização da educação básica, que é o impulso para as nações se projetarem e competirem mundialmente, e também é um meio de garantir o acesso e principalmente a permanência do aluno na escola” – acabou com a possibilidade de os jovens adquirirem conhecimento e relativizou o aprendizado, criando assim, uma legião de analfabetos funcionais.
Não obstante o método criado com a intenção de reduzir o número de alunos reprovados (reduzir reprovados sem que tenham adquirido o necessário conhecimento? Isso mesmo, querido leitor e estimada leitora!) e que teve o marxista Paulo Freire como um dos seus baluartes durante a última grande reforma educacional, além disso há o Construtivismo – corrente de pensamento tacanha inspirada no pensamento de Jean Piaget.
Juntos, Progressão Continuada e Construtivismo acabaram por dar ao aluno uma importância exacerbada dentro do processo reduzindo o protagonismo do professor e invertendo a regra de multiplicação/divisão que, no caso específico do conhecimento, menos com menos segue dando menos!
A Boa Nova que pode dentro de algumas décadas recolocar o País no eixo foi a nomeação do Professor Ricardo Vélez Rodríguez para o Ministério da Educação do Governo Bolsonaro, inclusive, com a autorização do Chefe do Executivo de “combater o lixo marxista que se instalou nas instituições de ensino”.
E não acaba por aí! Tem ainda a nomeação do pedagogo Carlos Francisco de Paula Nadalin como Secretário de Alfabetização, o que representa um alento nessa Selva de Iletrados. Para aqueles que não conhecem o Nadalin, sugiro uma pesquisa rápida em seu Canal na Internet (www.comoeducarseusfilhos.com.br) no qual reúne dicas úteis sobre o que há de melhor em Educação Infantil. Uma boa pedida para o fim de semana, até domingo que vem!
O autor é Mestre em Divulgação Científica e Cultural pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Unicamp.