Tanto Nadar para Morrer na Praia?
► A gente existe e a gente pode fazer aquilo que quisermos, se agirmos para isso. Mas e se no meio do caminho pensarmos em desistir? Como saber se não gostamos mais de uma coisa? Será que devemos desistir depois de tanto nadar? Essas são perguntas que geralmente nos vem à mente durante nossa jornada em alguma de nossas metas.
►Eu gosto muito de falar que não devemos nos acostumar com o mesmo, e eu penso que isso também se impõe em situações das quais lutamos deveras para conseguir, pois se algo não nos está fazendo bem, por que continuar? Bem… Esse é o meu pensamento atual. É claro que às vezes devemos persistir, mesmo com algum incômodo, para posteriormente atingirmos nossos objetivos, tento luta e persistência. Mas às vezes aquilo que fazemos não nos é mais prazeroso, não nos traz mais o mesmo sentimento de antes, e é aí que devemos nos atentar e refletir um pouco. Será que devemos parar?
►Eu não pretendo trazer alguma conclusão nesta reflexão, eu quero somente refletir, pois em muitas vezes me encontrei em situações assim; eu estava em uma situação desta há pouco tempo, eu pensei e tomei minha decisão: parar com aquilo que não mais me traz prazer e fazer novas coisas que me agrade. Como diria Raulzito, eu prefiro ser essa metamorfose ambulante.
►Certa vez eu fui numa sala da escola que sou discente, a sala da vice-diretora Simone, para conversarmos; e eu cheguei já olhando as coisas que havia na sala, pois eu gosto de reparar lugares assim, cheio de papéis, livros, etc. Naquela sala teve uma coisa que mais me chamou a atenção, um quadro na parede escrito: “É proibido estacionar na vida”. Aquela frase representou muito o momento em que eu estava, pois uma frase tão simples me deu um consolo para eu tomar frente de uma coisa que eu já pensava há algum tempo.
►Mas tanto nadar para morrer na praia? Depende! Depende do seu objetivo com determinada decisão, depende se é algo que te faça bem, depende se você tem condições para deixar de fazer o que faz. Sim, pois às vezes fazemos algo que não gostamos para sermos remunerados por isso, o chamado emprego/trabalho remunerado. Eu acredito que em casos assim, vale a pena escutar alguns conselhos e conversar sobre, mas passando um certo filtro nos conselhos, pois nem sempre as pessoas querem que tomemos decisões que nos fazem bem.
►Não estacione na vida. Eu acho importante que não fiquemos a vida toda parados numa coisa só, penso que devemos variar; não estou dizendo para mudar a todo momento, sem foco, seria tolice. Além da reflexão para nos ajudar a tomar nossas decisões, é importante não sermos mornos, afinal, nem sempre nos faz bem a imparcialidade.
►*Sabinadas é escrito por Kauhan Sabino, aluno, poeta e escritor, da escola Marciano de Toledo Piza, de Rio Claro SP. Autor de “Fazendeiro do Universo (Poemas e Reflexões)“
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