População volta a questionar a situação do antigo paredão da Fepasa na Rua 6-A com a Avenida 22-A. A dona de casa Maria de Souza passa pelo local todos os dias e teme os riscos. “Eu avalio como perigoso, tem apenas esse trecho nesta altura, oferece risco, com certeza”, diz.
Parte do muro que fica bem próximo à curva chama a atenção pela altura. A parede, além de alta, é bastante antiga e assusta quem precisa trafegar pelo trecho. O aposentado João Souza mora bem próximo e lamenta que nenhuma providência ainda tenha sido tomada. “É perigoso para quem passa por ali, sim. Está perigoso, corre risco de desabar. Já que aconteceu o incêndio, já deveria fazer algo com o muro, tira de vez”, disse.
A preocupação dos moradores não é à toa. Após vistoria da Defesa Civil de Rio Claro, foi constatada a necessidade de diminuir a altura do muro. A avaliação foi feita no dia 22 de agosto, um dia após o incêndio registrado em área da antiga Fepasa que durou várias horas, atingiu uma grande extensão destruindo vagões e barracões. Na data dos trabalhos da Defesa Civil, o diretor do órgão, Wagner Araújo, deu a seguinte declaração. “Nossa avaliação aponta a necessidade de redução da parede, especialmente porque a parte de cima foi danificada pelo incêndio”, destacou.
Na semana do incêndio, a prefeitura declarou que providências em relação à área já tinham sido solicitadas antes mesmo do ocorrido. Na área, ficam estacionados antigos vagões e equipamentos que não são mais usados pela empresa que utiliza o espaço de 50 mil metros quadrados. “Nossos apontamentos diziam a respeito, entre outros pontos, da necessidade de remover o material solto na parede da avenida 6-A. Essa deverá ser a primeira parte. Por se tratar de um trabalho em altura, não é simples a contratação de forma legal de uma empresa para realizar o trabalho. Estamos em constante observação”, relatou o diretor da Defesa Civil.
Em setembro, equipe técnica do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) também esteve em Rio Claro vistoriando a área da ferrovia e apontado qual área pertence à CPOS.
O perigo de uma possível queda do muro também foi questionado nas redes sociais. “Será que é preciso uma tragédia para que algo seja feito?”, indagou um internauta.
No local, existem ainda alguns cavaletes e placas que proíbem a passagem dos pedestres. Mas, mesmo os motoristas temem. “Claro que dá medo, olha a altura, se cair para rua e no momento estiver passando veículo, pode ser atingido”, disse João. O transtorno para eles já se arrasta há muitos anos e agora só aumentou.
Em nota a prefeitura informou que acompanha a situação e tem total interesse na solução do problema. O prefeito Juninho da Padaria fez reuniões com representantes da CPOS, reforçando a preocupação do município com o assunto e reiterando os pedidos para que as providências sejam tomadas o mais breve possível. A prefeitura comunicou que a Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS), proprietária do imóvel, informou ao município que deu entrada à solicitação ao Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) para que seja autorizada a realizar as ações necessárias no paredão da Rua 6-A com a Avenida 22-A.