“Espera-se que Rumo venha cumprir com palavra”, ressaltou o vice-presidente do Sindicato dos Ferroviários Ariovaldo Bonini Batista. Em entrevista ao Diário do Rio Claro, Batista lembrou que desde 2010 há uma negociação para que as oficinas da empresa Rumo sejam retiradas da área central e levadas para o bairro Jardim Guanabara. Entretanto, a possível mudança de cidade vem sendo uma preocupação para o município.
Batista lembra que a solicitação para a mudança de local das oficinas vem em decorrência dos problemas no trânsito. Situação semelhante enfrentada no município de Araraquara. “Na verdade é um distrito de Araraquara e a Rumo deve retirar de lá também. Como teriam que construir outra oficina lá, então ventilou-se a possibilidade de transferência, em vez de construir duas oficinas, construir uma maior e economizar”, explicou, lembrando que no contrato de renovação de concessão, constou que a empresa teria que transferir do Centro de Rio Claro, mas não ficou especificado que essa mudança seria para o Jd. Guanabara. “Saiu local a ser escolhido pela empresa”, destacou.
Na opinião do sindicalista, Rio Claro se preparou para essa mudança, o que deve ser avaliado pela empresa. “A prefeitura, a Câmara aprovaram a Lei de Zoneamento pensando nessa mudança, fizeram os trâmites necessários para colocar no Guanabara. Houve uma renegociação, uma tratativa, com a Câmara e prefeitura que atenderam a reivindicação, mudaram o zoneamento para receber, viram a área. Não ficou ao relento, houve negociação, por isso espera-se que a Rumo venha cumprir com palavra.”
O vice-presidente afirmou que aguardam pareceres. “Estamos aguardando um pronunciamento final da Rumo em relação a isso. Queremos ouvir do presidente da Rumo”, ressalta.
De acordo com o sindicato, a Rumo atua em dois pontos de trabalho, no centro com 300 funcionários e mais 150 no Jardim Guanabara (com terceirizados). “A Rumo não demite, ela transfere. Ela convoca para transferência. A expectativa é de expansão da Rumo, ganharam a concessão até 2058, por isso devem expandir muito e investir. É uma concessão onerosa, em que eles pagam para usar a ferrovia. O Sindicato está acompanhando esse processo, um lado positivo é que a Rumo não demite, isso é bom. Porém, a relação de Rio Claro com a ferrovia é histórica. E outra pergunta o que será feito com esse prédio do centro, não é simplesmente desocupar, mas pensar o que será feito se for retirada”, salienta Ariovaldo.
Por Janaina Moro/Vivian Guilherme / Foto: Divulgação