A Sondagem de Mercado que aconteceu no último dia 14, na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena), primeira etapa para ocupação comercial do espaço, foi bem aceita por diversos setores da sociedade.
O Centenário acompanha o desenvolvimento do projeto desde o anúncio feito pela vereadora Carol Gomes (PSDB) em junho deste ano. Ela articulou junto ao governo estadual a realização da sondagem que teve como objetivo identificar as necessidades do empresariado local para a concessão de permissões de uso de área por cinco anos, renováveis por mais cinco.
CRITÉRIOS
Em entrevista, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Rio Claro (Acirc), Antonio Carlos Beltrame, o Secreta, diz que a entidade é favorável à livre iniciativa e ao empreendedorismo, portanto, defende a exploração comercial do espaço. “Somos a favor da exploração comercial no ambiente da Floresta Estadual de maneira coordenada e sustentável, desde que preserve as edificações lá existentes”, destaca.
Beltrame frisa que a ocupação deve ser feita obedecendo critérios bem definidos. “Não dá para permitir apenas bares, lanchonetes e feirinhas. A área é muito nobre para essas atividades. Defendemos a ocupação por atividades comerciais mais robustas, tipo hotel ou pousada, bons restaurantes, casas de shows e empresas de turismo ecológico. Defendemos também que toda a floresta seja explorada através de manejo sustentável”, opina.
RESULTADO
Para o presidente da Acirc, caso a iniciativa se torne realidade, vai impactar de forma positiva o município. “Nossa cidade ganharia com mais emprego, geração de renda através do turismo de maneira geral. Sabemos que a velocidade do poder público em todas as esferas é lenta e demasiadamente burocrática, chegando, às vezes, a inviabilizar esses investimentos”, projeta.
POSITIVO
O presidente da Comissão de Meio Ambiente e Direitos Difusos da OAB Rio Claro e membro do Conselho da Feena, Alexandre Carrille, a realização da sondagem foi positiva. “Foi um primeiro diálogo onde os empresários puderam tirar dúvidas e, ao mesmo tempo, apresentar quais os interesses que eles teriam em atividades econômicas dentro da floresta”, avaliou.
Carrille lembra que o objetivo principal é a unidade de conservação, mas enfatizou que a exploração de atividades econômicas podem ser viáveis.
“Desde que observados todos os parâmetros e requisitos da lei e de forma sustentável. Sempre com estudo de impacto ambiental para saber o que a atividade econômica pode atrapalhar no objetivo principal, que é a unidade de conservação”, observa.
ATRATIVO TURÍSTICO
Ponderado todos os pontos citados, o representante da OAB e conselheiro da Feena acredita que a ocupação pode ser feita de forma sustentável. “Acho que pode ser feita de maneira sustentável e que vai ser muito benéfica não só para a Feena, mas também para Rio Claro e região, pois fortalece nosso horto com um atrativo turístico”, completa.
ÁREA DE INTERESSE
No domingo, o Centenário publicou em suas páginas as áreas de interesse dos 43 empresários que compareceram à Sondagem. Restaurantes, sorveterias, food trucks, alimentação natural, recreação, hotelaria e escola de turismo são alguns dos projetos dos investidores.
MODELO
Na ocasião, Rodrigo Levkovicz, diretor executivo da Fundação Florestal, informou que o governo estadual está buscando construir um modelo de concessão para área de uso público nas unidades de conservação. “O modelo de concessão da Feena será construído junto com a sociedade. Vamos executar o que a cidade entender ser o melhor para a floresta”, explicou.