O setor de serviços registrou em setembro o quarto resultado positivo seguido. A alta em relação a agosto foi de 1,8%, o que fez o ganho acumulado no período chegar a 13,4%.
Ainda assim não foi suficiente para compensar as perdas de 19,8% acumuladas de fevereiro a maio e atribuídas às medidas de distanciamento social e restrições ao funcionamento de várias atividades por causa da pandemia de covid-19.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nessa quinta-feira (12) pelo IBGE, que mostra, também, que, na passagem de agosto para setembro, quatro das cinco atividades pesquisadas apresentaram crescimento. O destaque foi o setor de outros serviços, o único a superar o nível pré-pandemia.
Outros serviços alcançaram o maior patamar desde outubro de 2014, refletindo a alta nos serviços financeiros e auxiliares. De acordo com o IBGE, as empresas nesse segmento vêm obtendo incrementos de receita desde o segundo semestre de 2018 em função da redução consistente da taxa Selic, que reduziu os ganhos com a poupança e levou os agentes econômicos a buscarem alternativas mais atraentes de investimentos, sejam de renda fixa ou variável.
Em setembro, os serviços prestados às famílias e transportes, que foram os mais afetados pela pandemia, tiveram importância mais moderada na composição do resultado do mês. A explicação, segundo o IBGE, é que muitos trabalhadores ainda estão exercendo suas funções fora do local de trabalho e ainda há muitas pessoas que não estão saindo de casa, nem viajando.
Por isso, estabelecimentos como restaurantes e hotéis, além do transporte de passageiros, ainda não estão funcionando em plena capacidade.
Por Agência Brasil / Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil