Neste mês é celebrada a campanha “Setembro Verde”, a fim de incentivar a doação de órgãos em todo o país. Comemorada desde 2014, a campanha Setembro Verde foi instituída para conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. A cor verde foi escolhida por ser símbolo deste tipo de doação.
Há 55 anos, um fato mudou a história sobre os transplantes no país. No dia 26 de maio de 1968, o Hospital das Clínicas da FMUSP realizou o primeiro transplante de coração feito no Brasil no paciente João Ferreira da Cunha, o “João Boiadeiro”. A operação é um marco para a evolução da cardiologia brasileira, e serviu como inspiração para a criação do InCor (Instituto do Coração), em 1977.
O Brasil é o primeiro país do mundo em número de transplantes de órgãos feito pelo sistema público de saúde. Dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) mostram que, pela primeira vez desde 1998, a fila de espera por um órgão no Brasil passou de 50 mil pessoas, o que segundo especialistas é um impacto direto provocado pela pandemia da Covid-19. Ainda segundo a ABTO, em 2022 o percentual de recusas foi recorde: 47%. Nos anos anteriores, esse índice ficava em torno de 40%.
Atualmente, são mais de 55 mil pessoas na lista de espera em todo o país. Os órgãos mais necessários são: rim, córnea, fígado, coração e pulmão. Se você deseja ser doador de órgãos e tecidos, a primeira coisa a fazer é avisar a sua família sobre a sua vontade. Isso porque no Brasil, a retirada de órgãos só pode ser realizada após a autorização familiar.
Assim, mesmo que uma pessoa tenha dito em vida que gostaria de ser doador, a doação só acontece se a família autorizar. Dessa maneira, se a família não autorizar a doação, os órgãos não serão retirados e a oportunidade da realização dos transplantes, tirando pessoas das listas e devolvendo a vida ou a qualidade de vida, será perdida.
Por isso, é importante falar para a sua família que deseja ser um doador de órgãos, para que após a sua morte, os familiares possam autorizara doação e retirada dos órgãos e tecidos.
Foto: Divulgação/Governo do RJ