“Tem um carro me perseguindo”.
Esta, foi uma das últimas frases de Alex Lautenschleger Santana, de 37 anos, morto a tiros na tarde dessa sexta-feira (5). O crime foi registrado por volta das 15 horas. A vítima estava em uma residência na Rua M-9, no Cervezão, quando foi surpreendida pelos assassinos e atingida por diversos tiros. O corpo ficou caído de bruços no quintal da casa, logo na entrada.
Alex estava na casa de um amigo, como fazia todos os dias. Eles conversavam quando os criminosos chegaram. “Não deu tempo de ver nada e ninguém. Estávamos conversando e ele estava sentado perto do portão. Dois indivíduos chegaram, não deu tempo de ver os rostos. Já miraram em direção ao Alex e atiraram”, relata o morador.
O dono da casa estava com a filha de dois anos no colo e só deu tempo de abraçá-la e tentar se defender.
Moradores próximos ao local relataram que ouviram os disparos. “Eu até achei que fosse bomba”, disse um deles. Outro contou que ouviu pelo menos cinco disparos.
Pessoas que estavam próximas ao local disseram que dois indivíduos armados chegaram em um veículo Fiesta Preto, desceram do carro e atiraram.
Pessoas próximas a Alex relataram ao Diário do Rio Claro que ele sempre era ameaçado e havia vários episódios de envolvimento em polêmicas e discussões. “Várias vezes ele foi espancado e aparecia todo machucado”, conta um dos colegas.
“A gente dava conselhos para ele, alertava, até mesmo para ir embora de Rio Claro. Eu só não perdi a amizade com ele, porque não me envolvia com os problemas dele”, disse um dos amigos.
Alex morava sozinho em uma casa na Avenida Saibreiro, era funcionário público e exercia a função no NAM, mas não estava em dia de trabalho. Ele tinha vários boletins de ocorrência registrados contra sua pessoa por acusações de assédio e agressão.
SUSPEITO
O veículo utilizado pelos indivíduos não teve adulteração de emplacamento, o que teria facilitado o trabalho de investigação para chegar até um dos envolvidos. Um dos suspeitos foi identificado e acabou confessando que teria servido de motorista para os autores do crime.
Ele foi levado à delegacia para depoimento. Até o fechamento da edição, apenas ele teria sido localizado.