Após a eliminação para o Rio Claro FC, nas quartas de finais do Campeonato Paulista da Série da Série A2, a Associação Esportiva Velo Clube Rioclarense começa a traçar novos rumos.
A diretoria, presidida por Reginaldo Lourenço Breda, ainda não se pronunciou oficialmente quanto à participação do clube na Copa Paulista de Futebol, prevista para começar após o término da Série A2.
O torcedor velista, contudo, aguarda com ansiedade para saber qual decisão será tomada. O fato é que apesar de não ter conquistado o acesso à elite do futebol paulista, a campanha do Velo Clube na Série A2, na atual temporada, é melhor que a do ano passado, o que demonstra uma evolução satisfatória no trabalho que vem sendo feito na Rua 3.
Com poucos recursos, a exemplo da maioria dos clubes integrantes desta série do futebol paulista, mas com planejamento cumprido à risca e um trabalho muito sério e competente, a diretoria do Velo Clube, tem recolocado a agremiação em posição de destaque entre aquelas do interior de São Paulo.
Há informações (a se confirmar) de que a folha salarial do Rubro-Verde, não ultrapassa R$65.000,00/mês enquanto a de outros clubes, que todo ano aparecem como favoritos ao acesso, sem alcançar a sua meta, como o EC XV de Novembro de Piracicaba gira em torno de R$300.000,00/ mês (também a confirmar).
De todo modo, isso mostra uma tremenda disparidade financeira de uma minoria em relação à maioria dos clubes integrantes da divisão de acesso à elite do futebol de São Paulo.
O que não impede todavia que, bons trabalhos sejam feitos, a exemplo do Velo Clube que, graças ao esforço de seus profissionais, dentro e fora das quatro linhas e de sua torcida, sempre presente nas arquibancadas, chegou aonde muitos sequer imaginavam.
Basta lembrar que um determinado site esportivo, quando do início da Série A2, colocava o Velo Clube, entre os possíveis candidatos ao rebaixamento.
O momento é de esfriar a cabeça, planejar o futuro e continuar o trabalho diretivo que tem sido muito bom, porque breve está o momento em que o Velo Clube colherá os frutos deste bom trabalho, que naturalmente pode e deve ser aperfeiçoado para que atinja os seus melhores objetivos.
Fahel Júnior se despede do Velo Clube
“Acostumei a torcida do Velo com bom futebol. A gente podia mais? Podia”. É o sentimento do técnico Fahel Júnior na sua despedida do comando do Velo Clube. Fahel vê grandes motivos para acreditar que o Galo Vermelho pode crescer ainda mais, depois do que conquistaram nesta temporada da A2. “Conseguimos uma classificação inédita para o mata-mata, fomos o terceiro melhor ataque do campeonato e fizemos campanha melhor do que clubes com investimentos maiores que o nosso. A torcida voltou ao estádio porque acreditou no futebol que apresentamos”, analisa o treinador.
Fahel não esconde sua satisfação com o trabalho realizado no clube. “Foi bem positivo. Muitos cogitavam o descenso para o Velo, mas incomodamos muitos clubes, mostramos a nossa cara, modelo de jogo, a filosofia que acredito de um jogo intenso, com velocidade.”
O comportamento da direção do clube também é motivo de aplausos, já que o treinador chegou a deixar o cargo à disposição, o que não foi aceito pelos dirigentes. “Mostraram a capacidade de acreditar no trabalho, souberam avaliar o desempenho, não o resultado. É preciso bater palma para essa diretoria, são abnegados.”
Mesmo com tantos fatores positivos, Fahel destaca a necessidade do Velo de pensar grande. “Não pode aceitar onde chegou e se acomodar. Dá para buscar mais, investir mais não só em elenco, mas no espaço físico. O Velo paga em dia e agora é ir atrás de melhorias para os atletas. Não dá pra ser clube raiz a vida toda. Plantamos uma semente e todos acreditaram.”
Colaboração Geraldo José Costa Jr. / Foto: Divulgação