Há exatos 30 anos, o mundo se despedia de Ayrton Senna da Silva, considerado por muitos o mais genial piloto de Fórmula 1 em todos os tempos, Senna disputou 161 grandes prêmios, obteve 41 vitórias, 65 pole positions,19 voltas mais rápidas e 80 pódios, ao longo de uma carreira iniciada em 1984 pilotando para a escuderia Toleman. A primeira vitória veio em 1985, no Grande Prêmio de Portugal, pilotando uma Lotus. E a última, em 1993, pela McLaren, no GP da Austrália.
Senna era um piloto extremamente talentoso e arrojado. Tinha uma técnica diferente de pilotagem, o “punta taco”, que consiste em pisar na embreagem com o pé esquerdo e acionando simultaneamente os pedais de freio e acelerador, com objetivo de ganhar tempo no contorno das curvas.
Seus três títulos do mundial de pilotos foram conquistados quando Senna pilotava pela McLaren, na qual protagonizou duelos memoráveis com seu companheiro de equipe e maior rival nas pistas, o francês Alain Prost.
Entre os pilotos brasileiros que disputaram a Fórmula 1, Senna foi o que obteve os melhores resultados, sendo o mais vencedor entre todos. Ayrton Senna da Silva começou a competir em 1978, no kart. Em pouco tempo chegou à Europa, onde sagrou-se campeão mundial de kart, passando logo à Fórmula 2 inglesa, porta de entrada para a Fórmula 1.
Antes de estrear pela Toleman, fez testes na Brabham e na McLaren. Naquele fatídico 1º. de maio de 1994, Senna conduzia a Williams, considerado até 1993, o melhor carro da categoria, devido aos componentes eletrônicos, dentre eles, a suspensão ativa, que tornavam a equipe inglesa praticamente imbatível.
Ainda hoje, pairam dúvidas se Senna morreu na pista de Ímola ou no hospital. Durante muitos anos, o carro da Williams que Senna pilotava no acidente ficou inacessível ao público pelas autoridades, sendo posteriormente, até onde se sabe, destruído.
O fato é que o GP de San Marino de 1994, no qual também morreu o piloto Roland Ratzenberger da equipe Simtek e quase vitimou o brasileiro Rubens Barrichello, da Jordan, acabou sendo um divisor de águas na história da Fórmula 1. A partir dali, o cuidado e a preocupação com a segurança dos pilotos tornou-se obsessão pelos promotores da categoria.
A causa do acidente que tirou a vida de Senna, teria sido mesmo a quebra da barra de direção. Mas a causa da morte do piloto, seria que, uma parte da suspensão da Williams teria se partido no impacto da batida do carro contra o muro da curva Tamburello, penetrado no capacete de Senna, como se fosse uma lança, perfurando-lhe a cabeça e causando-lhe o ferimento fatal.
O corpo de Senna está sepultado no cemitério Morumbi em São Paulo. Passados 30 anos, uma legião de fãs por todo mundo ainda venera o tri-campeão mundial exaltando os seus feitos e conquistas memoráveis.
Por Geraldo Costa Jr. / Foto: Reprodução