De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Correios de Campinas e Região (Sintectcas), 37% de servidores do serviço postal de Rio Claro aderiram à greve nacional. A informação é do diretor sindical, Fábio Rogério Xavier, que afirmou que a paralisação prossegue nesta quinta-feira (12). “De Rio Claro até São Carlos, temos informação de paralisação”, disse ao destacar que a ação é por tempo indeterminado.
“A empresa se retirou das negociações salariais”, explicou. A categoria pede reposição da inflação do período e é contra a privatização da estatal, que foi incluída no mês passado no programa de privatizações do governo Bolsonaro.
O Centenário entrou em contato com o Centro de Distribuição dos Correios da Rua 4, que informou que os funcionários da unidade não aderiram à greve. A reportagem não conseguiu contato com os Correios da Rua 1.
A greve foi decretada na noite dessa terça-feira (10), em assembleias realizadas em diferentes estados do país. Centrais sindicais afirmam que a paralisação foi geral.
CORREIOS
Em nota, a direção dos Correios afirma que a paralisação é parcial e já colocou em prática um “plano de continuidade de negócios para minimizar os impactos à população”.
PROCON
Em comunicado, o Procon-SP orientou consumidores sobre a paralisação. “O consumidor que contratar serviços dos Correios, como a entrega de encomendas e documentos, e estes não forem prestados, tem direito a ressarcimento ou abatimento do valor pago. Nos casos de danos morais ou materiais pela falta da prestação do serviço, cabe também a indenização por meio da Justiça.
Em casos de ter adquirido produtos de empresas que fazem a entrega pelos Correios, essas são responsáveis por encontrar outra forma para que os produtos sejam entregues ao consumidor no prazo contratado. Empresas que enviam cobrança por correspondência postal são obrigadas a oferecer outra forma de pagamento que seja viável ao consumidor, como internet, sede da empresa, depósito bancário, entre outras.
Não receber a fatura, boleto bancário ou qualquer outra cobrança, que saiba ser devedor, não isenta o consumidor de efetuar o pagamento. Se não receber boletos bancários e faturas, por conta da greve, o consumidor deverá entrar em contato com a empresa credora, antes do vencimento, e solicitar outra opção de pagamento, a fim de evitar a cobrança de eventuais encargos, negativação do nome no mercado ou ter cancelamentos de serviços”, informou.