Antes de mais nada, não sou candidato a vereador. Aos que apreciam a minha coluna, ótima notícia, assim espero. É que entre a turma do bocão e da boquinha, eu fico com a dona liberdade. Vamos ao que interessa. E começando de maneira correta, como deve ser.
Bom dia, leitor! Derrube a coberta do armário que o friozão vem aí. Cinco graus, ninguém merece. E não é que o Bem-te-vi achou de fazer o seu ninho dessa vez, no poste de luz em frente à casa onde moro. E não satisfeito em apenas observar, o senhor pardal, resolveu seguir os passos de seu amiguinho, e tratou logo de construir um barraco, também.
Com muita paciência e tenacidade ele vai colhendo gravetinhos, restos de folhas mortas pelo chão e esse fatigante sobe e desce, contei umas quinze vezes, uma tarde dessas. E a gente reclama da vida! E às vezes por tão pouco. Vá ser um passarinho pra tu veres o que é bom.
Os passarinhos que tanto encantam e alegram as nossas vidas, nesse período de acasalamento, só precisam tomar cuidado com o Seu Gavião, que surgiu por essas bandas, sempre à espreita, observando tudo como quem não quer nada. Danadinho esse gavião! É de se perguntar: se a natureza é tão bela, porque encerra tanto sofrimento? Mistério da vida para o qual só Deus tem a resposta.
E parece que o bendito vírus vai dando uma trégua. Tomara! Ninguém mais aguenta a situação. Mas o povão, alô gente boa, precisa continuar colaborando, fazendo sua parte, senão, volta tudo à estaca zero.
Depois da rodada do meio de semana do campeonato brasileiro, estou realmente convencido de que a torcida do Palmeiras é caso de psiquiatria. Rivotril 500 mg é pouco. Garanto.
Não digo toda a torcida, mas o pessoal mais jovem. Detonam nas redes sociais, um clube, para o qual dizem torcer que, nos últimos tempos, conquistou títulos importantes, construiu um estádio bonito e dos mais modernos e conseguiu um patrocinador máster de fazer inveja aos adversários.
E, mesmo assim, nada está bom. Querem a perfeição, em tudo. Se o time ganha, não está bom porque não jogou bem. Se joga bem e não ganha, também não está bom porque não ganhou.
Acham de criticar com veemência o técnico que mais títulos conquistou na história do clube. Vou mandar pra eles o Cléber Gaúcho. Kkk! Gente doida, velho! Eu heim! Queria ver esse povo torcendo para o Velo Clube, já tinha morrido tudo de enfarte ou se suicidado!
E o Aguinha, quem diria. Fez um catadão às pressas e já saiu disparando goleada na volta do combalido campeonato paulista da série A2. Fez bonito. Meteu 3×1 no Osasco Audax, o time do corinthiano Vampeta. Kkkkkkkk. Valeu Aguinha. Estou lhe devendo uma.
Mudando o rumo da conversa, pra melhor. Estou lendo Don Quixote do Miguel de Cervantes (1547-1616). Situando no período histórico em que foi escrito, o romance é uma paródia aos romances de cavalaria, muito em voga naquele tempo, início do século XVII. A exemplo de outros livros do gênero, Don Quixote é um clássico da literatura, com todas as características do mesmo, ou seja, apresenta na íntegra a jornada do herói, valoriza a palavra e a linguagem, é rico na descrição dos personagens e dos ambientes em que se dá a narrativa e tem uma construção detalhada do perfil psicológico dos personagens principais. São 126 capítulos, divididos em duas partes, onde Cervantes conta as aventuras do lunático fidalgo Don Quixote, o cavaleiro da triste figura, o apaixonado por Dulcinéia e, seu fiel escudeiro, Sancho Pança, que pretende viver na própria pele, as aventuras dos seus heróis dos livros de cavalaria. Se não tá a fim de um bom livro, leitor, vá de gibi mesmo. Ganhei dia desses, uma edição capa dura do Pato Donald. Como distração, funciona que é uma maravilha. Principalmente, quando a gente está sentado no trono.
Bom, agora vou tomar o meu café. Já tomou o seu, leitor? Aproveita, a manhã gelada pra um café bem quentinho, enquanto você vai lendo a edição de hoje do Diário. Fui. E só volto daqui duas semanas. Até lá!