O inverno começou no Hemisfério Sul no último dia 20 e é conhecido por ser a estação mais fria e seca do ano. Este período, que vai até 23 de setembro, traz consigo a necessidade de cuidados com a saúde respiratória, principalmente devido ao frio, ar seco e ventos fortes. Crianças e idosos são os mais afetados por problemas respiratórios, que podem se agravar se não forem bem cuidados.
“No inverno, as temperaturas mais frias favorecem a inflamação dos brônquios e as chances de gripes, resfriados, crises asmáticas, rinite e até mesmo exacerbação de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) ou pneumonia, especialmente com mudanças bruscas de temperatura, que estão cada vez mais comuns devido às ondas de calor fora de época e a amplitude térmica”, explica Tiago Grangeia, pneumologista do Hospital São Luiz Campinas, da Rede D’Or. “Além disso, as pessoas tendem a passar mais tempo em ambientes fechados, facilitando a propagação de gripes e resfriados”, complementa o especialista.
Para evitar esses problemas, alguns hábitos são essenciais, como manter-se hidratado, vestido adequadamente com roupas quentes, manter ambientes arejados e umidificados, e evitar exercícios físicos quando a umidade do ar estiver abaixo de 30%.
São itens simples e muitas vezes subestimados, porém eficazes para prevenção de quadros respiratórios, que tem como principais sintomas a congestão nasal, fragilidade na garganta e secreção nos pulmões. Além disso, manter uma alimentação saudável e rica em vitaminas é crucial para fortalecimento do organismo.
“Nosso corpo precisa de mais nutrientes no frio. Uma dieta com pelo menos três frutas, incluindo uma de casca vermelha, rica em vitaminas A e C, é fundamental. Vegetais e leguminosas também ajudam, pois contêm flavonoides que melhoram a circulação nasal e são anti-inflamatórios. Evitar alimentos industrializados e gordurosos é outro passo importante para evitar doenças”, recomenda o médico.
O especialista lembra ainda que vírus como o H1N1 e o coronavírus tendem a retornar no inverno. Por isso, medidas de distanciamento social e higiene são essenciais. “Se estiver com sintomas respiratórios, evite locais fechados e lotados, use máscara e lave as mãos com frequência”, orienta Grangeia.
Consultas médicas regulares e, em casos graves, atendimento de urgência são importantes, especialmente para pessoas mais vulneráveis. Cada infecção tem um tratamento específico, por isso, é importante ter orientações personalizadas e evitar a automedicação.
“Também é crucial manter as vacinas em dia. A imunização contra influenza, pneumonia, Covid-19, vírus sincicial respiratório e coqueluche ajudam a prevenir problemas respiratórios graves”, reforça Tiago Grangeia.