A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo faz um alerta para a importância da vacinação contra o sarampo para quem vai viajar durante a Copa do Mundo na Rússia, que ocorre entre os dias 14 de junho e 15 de julho.
A dose da vacina tríplice viral – que protege contra sarampo, rubéola e caxumba – deve ser tomada preferencialmente 15 dias antes da viagem e é fundamental garantir a proteção, uma vez que a doença está em avanço no continente europeu.
“Os brasileiros que pretendem prestigiar os jogos na Rússia, ou que estiverem nas cidades-sede do evento, devem checar se a carteira de vacinação está em dia e procurar um posto de saúde caso ainda não estejam imunizados”, orienta o coordenador de Controle de Doenças (CCD) da Secretaria, Marcos Boulos.
Além dos viajantes, a vacina também é indicada para crianças com idade entre 1 e 5 anos que ainda não receberam a dose. Também pode ser aplicada em crianças a partir de seis meses, desde que seja programada nova aplicação em conformidade com o calendário estadual de vacinação, com administração da vacina tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) aos 12 meses e novamente aos 15 meses.
Outros públicos para os quais a imunização também é importante são aqueles que atuam diretamente com atendimento ao público e à área de turismo, como motoristas de táxis e vinculados a aplicativos, funcionários de hotéis e restaurantes, além de profissionais de saúde.
Além da vacinação, é importante reforçar as medidas de higiene pessoal, como cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, lavar as mãos com frequência com água e sabão, utilizar álcool em gel, não compartilhar copos, talheres e alimentos, evitar levar as mãos à boca ou aos olhos, evitar contato próximo com pessoas doentes.
A imunização não é recomendada para as crianças menores de seis meses, gestantes e indivíduos que apresentem contraindicações médicas. “É recomendável que os pais com crianças com menos de seis meses evitem deslocamento para destinos com grandes eventos, como a Copa”, acrescenta Boulos.
TRANSMISSÃO E SINTOMAS
O sarampo é altamente contagioso e pode ser transmitido por meio de secreções expelidas por meio da fala, tosse e espirro. O vírus fica incubado por um período de 7 a 18 dias e pode resultar em quadros graves, como pneumonia, diarreia e encefalite, levando até mesmo ao óbito.
A população deve permanecer atenta aos quadros de febre e de exantema (manchas avermelhadas na pele) acompanhados de sintomas como tosse, coriza ou olhos avermelhados. Em situações como essa, deve-se buscar avaliação médica imediata e evitar contato com outras pessoas até a confirmação do diagnóstico.
A circulação endêmica do sarampo foi interrompida no Estado de São Paulo em 2000 e o vírus foi eliminado no Brasil em 2016. Casos esporádicos ocorreram eventualmente desde então, relacionados à importação do vírus de várias regiões do mundo onde ainda o controle da doença não foi atingido. Em 2018, por exemplo, SP registra apenas um caso confirmado, importado da Ásia Ocidental.
Na Europa, houve um aumento de 400% em comparação a 2016, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).