Perda ou aumento de sono, apetite, tristeza, agressividade, isolamento social.
Comportamentos que exigem um pouco mais de atenção, um olhar de cuidado. Tudo isso ocorre também em crianças e adolescentes e são sinais de que podem estar necessitando de uma avaliação profissional especializada.
O comportamento dos autores do massacre em Suzano, que resultou em dez mortes, levanta questionamentos. A sociedade busca por respostas que, segundo psicóloga, podem estar evidentes. A profissional alerta que transtornos podem se agravar e levar a uma tragédia.
“Muito provavelmente, desde criança, esses autores já tinham um transtorno mental e não tiveram uma assistência, um cuidado psicológico, e foi se intensificando com situações estressoras como bullying, comparações, tudo foi se juntando ao transtorno até chegar ao momento que houve o surto, perdeu toda a sanidade e começou a ter atos de pura loucura. Então, não é consciente o que foi feito. Ele está totalmente perturbado, não tem consciência daquilo”, avaliou a psicóloga Andreza Spiller.
Em Rio Claro, a assistência psicológica na rede pública é oferecida através do Programa de Saúde Mental da Fundação Municipal de Saúde.
Segundo a Fundação Municipal de Saúde, o Programa é composto pelos seguintes serviços: Caps III e Caps AD, que atendem adultos, e Caps IJ e CRIARI, que atendem crianças e adolescentes.
E não é só dentro de casa. O trabalho de percepção pode ser feito e visto por todos. “Sociedade, e principalmente pais, devem estar atentos a possíveis sinais. “É muito importante que os pais se mantenham por perto dessas crianças, observar se está introspectiva, mais quieta, se está apresentando comportamentos inadequados. É preciso um cuidado especial, diálogo, acompanhamento psicológico. A pessoa precisa ser assistida”, orienta a profissional.
De acordo com os órgãos responsáveis, o encaminhamento tanto para o CRIARI, quanto para o Caps IJ, pode ser feito por escolas, médicos e demais profissionais da Saúde e da Assistência Social. Porém, a busca também pode ser espontânea, feita diretamente pela família aos serviços.
O atendimento inicia pelo “acolhimento”, que é a primeira entrevista, quando ocorre a escuta da criança/adolescente e de seus familiares. A partir daí, identifica-se qual a demanda apresentada e qual acompanhamento terapêutico é necessário.
Os atendimentos são semanais e acontecem em grupo, ou individualmente.
Orientações sobre o Acolhimento:
A criança/adolescente deve estar acompanhada por seus responsáveis.
As entrevistas são realizadas por ordem de chegada, sem agendamento prévio.
Documentos necessários: RG ou Certidão de nascimento, Cartão SUS, comprovante de endereço.
CRIARI – Rua 3, nº 227, 3533-4055
HORÁRIOS DE ACOLHIMENTO: 2ª a 5ª feira, duas entrevistas às 11 horas e duas entrevistas ao meio-dia. Realizadas por ordem de chegada; sem agendamento.
CAPS IJ – Rua 3-A, nº 1.952 – Jardim América (Avs. 60-A e 62-A), 3523-3754
HORÁRIOS DE ACOLHIMENTO: 2ª, 3ª, 4ª e 6ª, duas entrevistas às 9h30, e duas entrevistas às