Um dos pontos interessantes da pré-temporada de F1 é exatamente o trabalho que as equipes fazem no túnel de vento, cuja utilização é totalmente controlada pela FIA. Desde 2021, a federação limita as horas de teste em túnel de vento de acordo com a classificação final do campeonato de construtores no ano anterior.
Para equipes que buscam pódios e vitórias, o tempo no equipamento é precioso, pois permite refinar o desempenho dos carros ao longo do ano. Antes da atual regra, os times com mais recursos dominavam essa vantagem, criando uma clara disparidade.
Agora, quanto melhor sua performance no ano anterior, menos tempo tem para desenvolver o carro do ano seguinte.
Entre os exemplos de como o túnel de vento é utilizado está o teste de diferentes configurações aerodinâmicas, de asas, difusores e outros componentes, visando otimizar o desempenho do carro.
Ele pode ser ainda usado para avaliar a eficiência do sistema de arrefecimento e garantir que o motor opere dentro da temperatura ideal.
No entanto, a simulação das condições de pista, como temperatura, pressão e vento, é um ponto muito difícil de ser conseguido, pois as incógnitas são quase ilimitadas.
O comportamento dos pneus em diferentes condições tem um impacto significativo no desempenho do carro, e isso também é difícil de simular em túnel de vento.
Mesmo assim, a comparação dos resultados do túnel com dados de telemetria reunidos durante os treinos e corridas, é muito importante para os times se aproximarem mais rapidamente da otimização do carro.
Por E. Cortez / Foto: Reprodução