Os Rotary Clubs do Brasil lançaram em setembro a campanha “Juntos contra a Pólio”, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da vacinação contra a poliomielite. A iniciativa visa ainda chamar a atenção para o Dia Mundial de Combate à Pólio, celebrado mundialmente em 24 de outubro.
Pólio
A poliomielite, que causa paralisia e pode ser fatal, ainda ameaça as crianças de algumas partes do mundo. O vírus invade o sistema nervoso e pode causar paralisia em questão de horas, colocando em risco pessoas de qualquer idade, mas principalmente menores de cinco anos. Não existe cura para a pólio, mas ela pode ser evitada com a vacina. Ao contrário de muitas doenças, a poliomielite pode ser erradicada.
Pólio Plus
O Rotary e seus parceiros lideram os trabalhos de erradicação mundial da pólio há mais de 30 anos. O nosso Pólio Plus foi o primeiro programa a abraçar a erradicação da paralisia infantil por meio da vacinação de crianças em grande escala. Como integrante da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio (GPEI), o Rotary se concentra na defesa e difusão da causa, arrecadação de fundos, voluntariado e aumento da conscientização sobre a necessidade de acabarmos com a poliomielite.
Os associados do Rotary já doaram mais de US$ 2,2 bilhões e incontáveis horas de trabalho voluntário para proteger mais de 3 bilhões de crianças em 122 países. Além disso, o Rotary desempenhou um importante papel na sensibilização de governos mundiais para que contribuíssem com mais de US$ 10 bilhões à causa.
A pólio hoje
Quando o Rotary e seus parceiros formaram a GPEI, em 1988, ocorriam 350.000 casos de pólio por ano em 125 países. Hoje, reduzimos os casos em 99,9% e apenas dois países continuam reportando casos do vírus selvagem: Afeganistão e Paquistão. Graças aos esforços do Rotary e dos seus parceiros, cerca de 19,4 milhões de pessoas que teriam ficado paralíticas podem andar, e mais de 1,5 milhão de pessoas que teriam morrido estão vivas. A infraestrutura que construímos para acabar com a poliomielite está sendo usada para prevenir e tratar outras doenças (inclusive a Covid-19), causando impacto significativo em outras áreas da saúde pública.
Desafios
O Rotary e seus parceiros fizeram um tremendo progresso contra a pólio. No entanto, para eliminar todo e qualquer caso de paralisia infantil, é preciso perseverar ainda mais. Afeganistão e Paquistão apresentam desafios únicos, como instabilidade política, populações nômades, topografia acidentada e, em alguns casos, desinformação e rejeição à vacina. Com os devidos recursos, compromisso governamental e acesso a áreas remotas, temos confiança de que conseguiremos erradicar a pólio.
Garantia de sucesso
O Rotary se comprometeu a arrecadar US$ 50 milhões por ano para a erradicação da pólio, e a Fundação Bill e Melinda Gates prometeu equiparar tal valor na proporção de 2:1, totalizando US$ 150 milhões por ano. Estes fundos financiam suporte operacional, agentes da saúde, equipamentos laboratoriais e materiais educativos. Não podemos deixar de mencionar o importantíssimo papel de governos mundiais, corporações e doadores.
Rotary em ação
Mais de um milhão de rotarianos doaram tempo e dinheiro para o combate à pólio. Todos os anos, muitos dos nossos associados atuam ao lado de agentes da saúde na vacinação de crianças em países afetados pela doença. Eles trabalham com o Unicef e outros parceiros no preparo e distribuição de materiais informativos em áreas afetadas por conflitos, barreiras geográficas e pobreza, além de recrutar voluntários, transportar a vacina e ajudar com aspectos logísticos.
Foto: Erasmo Salomão/MS