A campanha de vacinação que estava prevista para setembro foi antecipada para agosto. Será de pólio e multivacinação e deverá acontecer no período de 8 de agosto a 9 de setembro, com o Dia D em 20 de agosto (a ser confirmada pelo Ministério da Saúde). Os Rotarianos desenvolvem dentre suas missões, ações que incentivem a vacinação, principalmente para erradicação da poliomielite. “É hora de nos prepararmos para termos sucesso na Campanha de Vacinação. Muito importante que os distritos e clubes colaborem nesta campanha, quer seja diretamente, adotando um posto de vacinação ou contatando as autoridades de saúde para procurarmos sensibilizar a população para a importância da vacinação e, ao mesmo tempo, sensibilizar as autoridades de saúde locais, para corrigirem os gargalos que dificultam o acesso da população às vacinas, como por ex4emplo horário dos postos, disponibilidade de vacinas etc. e, se possível, levar as vacinas às escolas e comunidades”, destaca a rotariana Roberta Lopes de Moraes, Governadora 2015-16 do D 4590, RC de Rio Claro Sul.
A Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI), expressou em comunicado no dia 22 de julho, sua preocupação quanto as baixas coberturas vacinais e a situação de risco que o Brasil enfrenta em relação à reintrodução do poliovírus selvagem (PVS) e o surgimento do poliovírus derivado vacinal (PVDV). Segundo metodologia de análise proposta pela Organização Pan-Americana da Saúde em conformidade com a realidade do Brasil, apoiada na análise de risco regional, o país encontra-se entre aqueles que apresentam maior risco para reintrodução do poliovírus selvagem (PVS) e surgimento do poliovírus derivado vacinal (PVDV) na região das Américas. Ressalta-se que as análises foram realizadas nos três níveis de gestão (nacional, estadual e municipal) para identificar e direcionar as ações necessárias para cumprir os objetivos do Plano Global de Erradicação 2022- 2026. Essa avaliação considerou os dados dos 5.570 municípios nas 27 Unidades Federadas do país, e levou em conta 4 componentes para determinar o risco a nível municipal conforme tamanho populacional dos municípios com 100.000 menores de 15 anos e 1 componente comum a todos os municípios independente do porte populacional. Os resultados mostram que 100 municípios (1,80%) foram caracterizados como risco baixo, 757 (13,59%) como risco médio, 1.427 (25,62%) como risco alto e 3.286 (58,99%) como risco muito alto. Conforme os dados apresentados, observa-se que 84,61% dos municípios encontram-se em risco alto e risco muito alto.
Por Janaina Moro / Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil