A cidade de Rio Claro realizou a campanha de multivacinação para atualização das carteirinhas de crianças e adolescentes. De acordo com a Fundação Municipal de Saúde mais de 2 mil crianças e adolescentes foram vacinados. A ação contou com apoio e colaboração de rotarianos de Rio Claro que ajudaram na campanha na UBS da 29. O trabalho dos rotarianos visando a erradicação da poliomielite no mundo é realizada há muitos anos dentro do Programa End Polio Now de Rotary que é o maior projeto Rotary para acabar e prevenir a doença.
“Mais de um milhão de rotarianos doaram tempo e dinheiro para o combate à pólio. Todos os anos, eles trabalham ao lado de agentes da saúde na vacinação de crianças em países afetados pela doença. Os rotarianos trabalham com o Unicef e outros parceiros no preparo e distribuição de materiais informativos em áreas afetadas por conflitos, barreiras geográficas e pobreza. Eles também recrutam voluntários, transportam a vacina e ajudam com a logística. Até agora, os rotarianos doaram mais de US$2,1 bilhões e inúmeras horas de trabalho para proteger mais de 2,5 bilhões de crianças em 122 países contra a pólio. O Rotary foi essencial na obtenção de US$10 bilhões de governos mundiais em prol da causa”, salienta Maria Socorro Moraes de Araújo Grisi que é presidente do Rotary Club de Rio Claro. A cidade conta no total com quatro clubes.
Pólio
A poliomielite, ou simplesmente pólio, é uma doença que causa paralisia e pode ser fatal. Ela ainda ameaça as crianças de algumas partes do mundo. O vírus invade o sistema nervoso e pode causar paralisia em questão de horas, colocando em risco pessoas de qualquer idade, mas principalmente menores de cinco anos. Não existe cura para a pólio, mas ela pode ser evitada com a vacina. Diferente de muitas doenças, a poliomielite pode ser erradicada.
Pólio Plus
O Rotary e seus parceiros lideram os trabalhos de erradicação mundial da pólio há mais de 30 anos. “Nossa iniciativa Pólio Plus foi a primeira a abraçar a erradicação da paralisia infantil por meio da vacinação de crianças em grande escala. Como integrante da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio, o Rotary se concentra na defesa e difusão da causa, arrecadação de fundos, voluntariado e aumento da conscientização sobre a necessidade de acabarmos com a poliomielite”, destaca Maria Socorro Moraes de Araújo Grisi que é presidente do Rotary Club de Rio Claro.
A pólio hoje
Quando o Rotary e seus parceiros formaram a GPEI, em 1988, havia 350.000 casos de pólio em 125 países por ano. Hoje, os casos reduziram em 99,9% e apenas dois países continuam reportando casos do vírus selvagem: Afeganistão e Paquistão. “Devido aos esforços do Rotary e de seus parceiros, quase 19 milhões de pessoas que teriam ficado paralíticas hoje podem andar, e mais de 1,5 milhões de pessoas que teriam morrido hoje estão vivas. A infraestrutura que construímos para acabar com a poliomielite está sendo usada para prevenir e tratar outras doenças (inclusive a covid-19), causando um impacto significativo na saúde pública”, declara Maria Socorro.
Desafios
O Rotary e seus parceiros fizeram um tremendo progresso contra a pólio. No entanto, para eliminar todo e qualquer caso de paralisia infantil, é preciso perseverar ainda mais. Afeganistão e Paquistão apresentam desafios únicos, como instabilidade política, populações nômades, topografia acidentada e, em alguns casos, recusa à vacina e informações errôneas. “Com os devidos recursos, o compromisso governamental e o acesso a áreas remotas, temos confiança de que conseguiremos erradicar a pólio.”
Garantia de sucesso
O Rotary se comprometeu a levantar US$50 milhões por ano para a erradicação da pólio, e a Fundação Bill e Melinda Gates está equiparando em 2:1 cada dólar doado, até US$150 milhões por ano. Estes fundos financiam suporte operacional, agentes da saúde, equipamentos laboratoriais e materiais educativos. “Não podemos deixar de mencionar o importantíssimo papel de governos mundiais, corporações e doadores.”
Por Janaina Moro / Foto: Divulgação