Em 2022, a rotina na Cidade Azul é assim: a cada dez dias, pelo menos uma pessoa morre de forma violenta na cidade. O levantamento foi realizado pelo Diário.
Com as mortes violentas registradas nos últimos dias, a cidade chegou a 32 assassinatos no ano, sendo 31 homicídios e um latrocínio (roubo seguido de morte).
Com isso, a média de violência na cidade segue com uma das mais altas já registradas. Em 2021, no total, foram 40 pessoas mortas de forma violenta no município, sendo que a média ficou em um caso a cada nove dias.
Em 2020, o cenário mudou com uma morte violenta a cada 16 dias, sendo registrados 21 homicídios e um latrocínio naquele ano.
Já nos últimos 10 anos, o de 2013 foi o mais violento, tendo registrado 47 vítimas de homicídio. O ano considerado mais tranquilo na área da segurança foi em 2019 com apenas 13 assassinatos.
O Diário conversou com o delegado Paulo Hadich e, para ele, o cenário está ligado principalmente à intolerância e a ausência de respeito à vida, em especial do próximo.
“Quando as instituições falham, em especial aquelas que trabalham a formação de valores nos indivíduos, o que vemos é barbárie. Temos observado uma falência da família, da escola, da religião, da comunidade que tem perdido princípios básicos de convivência. Estamos vivendo um tempo de muito egoísmo”, falou.
Homicídios não esclarecidos seguem em investigação
Todos os casos ainda não esclarecidos, seguem em investigação, de acordo com o delegado seccional. ‘Porém, segundo Hadich, para a Polícia Civil, que tem a função constitucional de investigar e esclarecer os crimes, não basta saber quem foi por ouvir dizer, tem que formar um conjunto probatório que permita ao Ministério Público oferecer a denúncia e ao Judiciário, processar seu autor. “Ou seja, nos interessa mais do que saber quem foi, nos interessa garantir que o autor seja punido”, disse.
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