Segundo dados da Delegacia Seccional de Polícia de Rio Claro, no período de janeiro a outubro deste ano, no município de Rio Claro, foram registrados 103 ocorrências versando sobre Desaparecimento de Pessoa. Dentre esses 103 registros, 23 referem-se a menores de 18 anos. Ainda no mesmo período, foram registradas 101 ocorrências de Encontro de Pessoas.
Paulo Henrique Nabuco de Araújo, delegado Seccional de Polícia de Rio Claro, explica que todas as ocorrências de desparecimento de pessoas são encaminhadas à Delegacia de Investigações Gerais de Rio Claro (DIG).
O delegado explica que, com relação a ocorrências de desaparecimento de pessoas, os familiares ou quem tiver conhecimento do ocorrido, pode comunicar o fato imediatamente à Polícia. “A critério dos familiares e, quando for possível, antes de registrar a ocorrência, podem procurar informações com amigos ou conhecidos ou até mesmo nos locais onde a pessoa costuma frequentar. Essa providência, às vezes, resulta na localização dessa pessoa, ou na obtenção de informações que podem ajudar, e muito, as investigações policiais”, alerta.
Segundo o delegado, se a ocorrência for registrada, é necessário também que os familiares comuniquem a polícia quando a pessoa retornar para sua residência, para que seja dada a baixa no registro de desaparecimento.
“Muitas vezes, há mais de um registro de desaparecimento em nome da mesma pessoa, que retorna para casa e desaparece novamente”, explica.
Toda pessoa que tiver conhecimento de alguma informação que possa ajudar na localização da pessoa desaparecida pode entrar em contato com a Delegacia de Polícia de Investigações Gerais (DIG), pessoalmente ou via fone: (19) 3523-4608, ou através do Disque Denúncia (181).
NACIONAL
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2018 foram 82.094 casos desaparecimento. Contabilizados 39,4 desaparecimentos a cada grupo de 100 mil pessoas. Os números são apurados a partir de microdados das secretarias estaduais de Segurança, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a pedido do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
Os estados com o maior número de pessoas desaparecidas em 2018 foram: São Paulo (24.366), Rio Grande do Sul (9.090), Minas Gerais (8.594), Paraná (6.952) e Rio de Janeiro (4.619). Em termos relativos, taxa de desaparecimento por 100 mil habitantes, os maiores índices são do Distrito Federal (84,5), Rio Grande do Sul (80,2), Rondônia (75,2), Roraima (70,4) e Paraná (61,3).
Conforme divulgou a Agência Brasil, de 2007 a 2018 as estatísticas somam 858.871 casos, quase quatro vezes (3,88) a população estimada do Plano Piloto, onde ficam as sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF). Nesse período de mais de uma década, a média é de 71,5 mil registros de pessoas desaparecidas por ano.
O mais recente registro de desaparecimento foi de uma adolescente
A adolescente Clara Rodrigues Carbinatto, de 15 anos, foi encontrada na madrugada desta quarta-feira (4). Segundo familiares a menina foi levada para delegacia por uma amiga por volta da 1 hora.
O desaparecimento foi registrado na manhã de segunda-feira (2). Segundo a família, ela deixou uma carta antes de sair da residência, no bairro Jardim Santa Clara II, sem dizer para onde ia. A mãe da menina registrou Boletim de Ocorrência.
Na carta, Clara pede desculpas aos pais pela atitude, diz que ama os pais e os avós, que um dia vai voltar, mas que precisava se estabilizar.