Morreu na manhã de ontem, (7), Darci César de Lima. Ele era servidor público municipal de Rio Claro há 35 anos e atualmente trabalhava na Secretaria Municipal de Cultura.
“Darci era um funcionário diferenciado pela identificação e paixão pelas artes em geral. Recentemente fez um trabalho elogiável na reabertura da Pinacoteca Municipal. Fica a nossa tristeza pela sua partida e a gratidão pela convivência com alguém que tanto amou as artes”, afirmou o secretário municipal da Cultura, Dalberto Christofoletti.
Darci era filho de Elisabete Jesus de Lima e Darci de Lima (já falecido), deixou as irmãs Cristina (casada com Reginaldo) e Cláudia (casada com Edson), era tio de Felipe, Catharina, Caio, Carla e Victor.
Durante vários anos, Darci trabalhou na Justiça do Trabalho, de 1988 a 2003 na antiga Sepladema e há anos estava no setor cultural do município.
Seu corpo foi cremado às 16h30 desta terça-feira (7) no Memorial Cidade Jardim, em Rio Claro.
‘Toda nossa comunidade perdeu com sua prematura partida’
Ao Diário do Rio Claro, o advogado Frederico Custódio, de 42 anos, contou que o conheceu profissionalmente, quando ele estava lotado na Vara do Trabalho de Rio Claro. Fred estava em início de carreira na advocacia. À época, diferentemente de hoje, os processos eram físicos.
“Cada volume de processo, como se fosse uma pasta, tinha 200 folhas. Naquela época eu representava um banco e tinha que fazer carga dos processos, que é a retirada física para extrair cópias e fazer análise das peças processuais. Como eu semanalmente via muitos e era grande a quantidade de volumes que eu retirava, fora minha falta de paciência – que na verdade era uma forma de mostrar eficiência – veio a causar uma divergência entre mim e o Darci. Não era raro eu passar mais de uma hora no balcão da vara do Trabalho apenas para esperar a localização dos processos dentro do cartório judicial. Isso em consequência, atrasava outros advogados que estavam na fila e causava dentro do cartório a necessidade de ativação de outros servidores”, relembrou.
Ao invés do Darci reclamar, ele fez uma proposta irrecusável ao Fred: ele enviaria por e-mail, à Vara do Trabalho, a lista de processos que iria retirar com vinte quatro horas de antecedência. Assim, no dia posterior, quando ele chegasse no balcão, os processos já estariam separados para retirada.
“Fiquei lisonjeado com a atitude dele, que pensou de forma a ajudar a todos. Inicialmente, ajudou à mim, que não mais precisaria ficar horas esperando a separação dos processos. Depois aos servidores da Vara do Trabalho, que poderiam executar suas atribuições de maneira mais organizada durante decorrer do dia. E por fim, à toda a advocacia, já que mais advogados poderiam ser atendidos durante o expediente. Pequena solução que gerou eficiência para inúmeras pessoas. Isso criou em mim, um grande respeito pelo profissional que ele era, e via que ele de também me respeitava. Darci fará falta à sua família e próximos, mas tenho certeza que toda nossa comunidade perdeu com sua prematura partida”, finalizou.
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